Protagonistas de 2011: o Google

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

O Google vive mudando e melhorando seus algoritmos para que sempre os sites mais relevantes fiquem no topo das buscas. Mas um jogo de trapaças possibilitou à algumas empresas burlarem os números – e o Google diz que os algoritmos incluem um fator humano. Narramos o faroeste em março.

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Aos poucos, porém, as buscas foram ganhando um emblemático botão: “+1″. A sua versão do botão “curtir” foi lançada no mesmo dia em que a empresa foi absolvida das acusações contra privacidade, por causa do finado Buzz. O nome +1 tem uma pegada mais nerd do que “curtir”: vem de uma gíria de internet que sinaliza que a pessoa aprovou o que outra disse.

O Google também lançou durante a conferência I/O, em São Francisco, o Chromebook, seu primeiro notebook. Simples e direto ao ponto: internet e mais nada.

Em junho, porém, veio a verdadeira novidade: o Google+, anunciado pela empresa como uma “camada social” em toda a web. Dividindo os contatos em grupos – os círculos – o Google era ambicioso: queria consertar o relacionamento online.

As movimentações foram marco dos primeiros dias após Larry Page, co-fundador do Google, reassumir a empresa. O editor-assistente Filipe Serrano deu uma volta pelos primeiros 100 dias de Larry de volta ao Google. Foram muitas mudanças. Em entrevista ao Link, Steven Levy, autor de In The Plex, foi emblemático: “Larry assumiu com o pé amarrado ao acelerador”.

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De cara, o Plus foi um sucesso. “O Google quer ser o centro da vida social das pessoas na web. E parece que está dando certo”, diz a reportagem do Link de julho. “Aos números: em duas semanas, já são 10 milhões de usuários na rede que só foi aberta para o público em geral na semana passada e ainda nem teve lançamento oficial (previsto para o dia 31 de julho). Por enquanto, porém, o G+ continua predominantemente masculino (70% dos usuários) e nerd. Ali se fala sobre programação e questões técnicas (60% dos usuários são desenvolvedores, engenheiros e afins). Mas esse é o retrato de uma rede na infância, cheia de entusiastas e early adopters”.

Também ensinamos a usar melhor a plataforma do Google.

Em agosto, James Gleick, do New York Review of Books, publicou uma análise de três livros que mostram como a empresa se transformou em uma máquina de capturar o inconsciente coletivo.

Enquanto isso, o Google tratou de investir para dar à sua “camada social” uma integração completa com os seus produtos. O Buzz, serviço de compartilhamento de mensagens e conteúdo, foi exterminado pelo Google na semana passada. A seguir, o Reader, popular leitor de feeds do Google, perdeu suas ferramentas sociais e foi (para tristeza de seus fãs) integrado ao Google+.

Tudo para alavancar o seu Google+, que tinha milhões de usuários, mas permanecia silencioso para a maioria – ou barulhento demais para outros.

O Reader não morreu oficialmente, mas perdeu a maioria de suas funcionalidades. Foi por isso que nós ensinamos a transportar os contatos que haviam lá para o Google+. Até agora, porém, a manobra do Google parece não ter dado certo.

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