Facebook cresce como ponte" para sites de jornais "

Acesso a notícias pelo Facebook triplicou, enquanto via Google News permaneceu estático

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Por Fernando Martines
Atualização:

O maior adversário do Google, líder em buscas na web com 65,7% do mercado, é a parceria entre Yahoo e o Bing, da Microsoft, que correspondem, respectivamente, por 17,3% e 10,7% das buscas na internet, certo? Talvez não. O Facebook, maior rede social do mundo, com 400 milhões de usuários, parece ter entrado de vez nesse cenário: o número de pessoas que acessaram sites de jornais, revistas e portais usando como ponte links postados no Facebook triplicou no ano passado, enquanto a quantidade de leitores que chegaram aos mesmos lugares, via Google News, permaneceu igual.

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Essa na verdade é uma questão que já vem sendo largamente debatida: as pessoas cada vez mais deixam de lado buscas automáticas, como a do Google e seus similares, para serem guiadas dentro da web pelo fator humano. Ou seja, ao invés de googlar para achar um bom restaurante mexicano perto de sua casa, as pessoas consultam seus seguidores no Twitter ou seus amigos no Facebook.

Para entender melhor:

“A internet nos propõe dois problemas: como encontrar uma informação e como financiá-la.

De saída, no início da internet comercial uns 15 anos atrás, dois caminhos foram trilhados para resolver o primeiro dilema. Uns defendiam que só a seleção humana, indicando que sites eram bons e quais eram ruins, daria respostas com qualidade. A web, no entanto, cresceu exponencialmente. E não havia gente que bastasse para indexar tudo a mão. A turma do algoritmo, que propunha que o software deveria selecionar o mar de informação da internet, ganhou o primeiro round.

Muito discretamente, o Google começa a encontrar seus limites nas duas frentes.É difícil descobrir qual câmera fotográfica comprar quando, dentre os primeiros resultados de busca, há tanta loja querendo vender a sua.

É neste contexto que surge o Twitter.

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Ele propõe um volta ao argumento inicial: humanos selecionam melhor informação do que programas. É um enorme conjunto de pessoas em quem se confia ao alcance de um clique. Lá, é possível seguir especialistas num assunto de interesse, amigos. A câmera que se procura está a uma pergunta de distância. Não importa o detalhe técnico, alguém no Twitter saberá”.

Trechos da coluna Navegar Impreciso, de Pedro Doria , publicada semanalmente no Link e que agora também é blog.

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