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É real: Kinect muda a forma de jogar

Repórter do Link testa o controle de movimentos da Microsoft

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Claro que Alex Kipman é um pai orgulhoso de sua criação que está ganhando o mundo. Mas, quando ele fala em revolução, não está exagerando.

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A experiência de jogar com o Kinect é totalmente diferente dos outros games, mesmo o do Nintendo Wii, o primeiro a detectar movimentos. Com o acessório da Microsoft, não há nenhum controle, nenhuma interação óbvia com a máquina. Apenas seu corpo, o Xbox 360 e o próprio Kinect.

Durante a apresentação no lançamento do produto, na quinta-feira, 4, em São Paulo, os jornalistas experimentaram o aparelho por alguns minutos. Estavam disponíveis todos os jogos que chegam ao mercado agora: Dance Central, Kinectimals, Kinect Joy Ride, Kinect Sports e Kinect Adventures, o único que já vem com o acessório. Eu experimentei os três últimos. E gostei.

É que, como Kipman propõe, a ausência de botões e fios torna a experiência muito simples. A máquina realmente entende você: um “oi” faz você se logar à rede Live e um aceno faz de suas mãos um mouse para navegar pelos menus.

Começam os jogos. É inevitável se sentir ridículo. Romper essa sensação faz parte da experiência de jogar: só joga bem quem deixa a vergonha de lado e realmente entra no personagem. No Kinect Adventures, experimentei descer a corredeira com outro jornalista em um bote. Era preciso sincronia para andar para os lados e pular para desviar de obstáculos e coletar moedas. A resposta é surpreendentemente rápida: você pula, os bonequinhos pulam. Você levanta as mãos, o boneco também levanta as mãozinhas. Aprovado.

O segundo foi o Kinect Sports. O jogo escolhido foi vôlei de praia. De novo, em dupla. Os movimento são os mesmos de uma partida comum: defesa, barreira, saque, manchete. É preciso movimentar o corpo todo para jogar bem – inclusive dar saltos para saques mais poderosos. Resultado de cinco minutos: vontade de jogar mais e coração disparado pela empolgação dos pulos. É um exercício. O Kinect Joy Ride é uma corrida de kart em que é preciso fingir que está dirigindo. Embora seja divertido e também tenha piruetas, foi o que menos divertiu – é difícil controlar o carro com uma direção imaginária.

Para quem encara com ceticismo qualquer novidade na área, é justo dizer que o Kinect empolgou. Ele é caro (R$ 599), fora o próprio Xbox, que custa no mínimo R$ 999. Também exige um certo espaço na sala (a Microsoft recomenda pelo menos um metro de distância, mas é preciso mais do que isso para se movimentar). Essas questões limitam o potencial universal da diversão. Mas, para quem pode, vale a pena.

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—- Leia mais:Alex Kipman, brasileiro criador do Kinect, conta que este é apenas o primeiro passo‘Link’ no papel – 08/11/2010

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