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De Beirute a Nova York

EUA e Europa não querem ataque de Israel ao Irã

no twitter @gugachacra

Por gustavochacra
Atualização:

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Barack Obama e Nicolas Sarkozy deixaram claro que não suportam Benjamin Netanyahu em  conversa pega por microfones no ano passado durante encontro de líderes internacionais. Sem querer, eles refletiram a imagem do atual governo israelense na comunidade internacional.

Para os americanos e europeus, a prioridade é impedir um ataque israelense contra as instalações nucleares iranianas neste momento. Uma ação destas é considerada "imbecil" por diplomatas e analistas ocidentais, quando eles não precisam ter o nome citado.

Diante da força israelense na política interna americana em ano eleitoral, as declarações "públicas" buscam ser amenas para evitar choques com o governo de Israel. O chefe das Forças Armadas dos EUA, general Martin Dempsey, diz que "não seria prudente". O chanceler britânico "William Hague" afirmou que "traria graves conseqüências para a região". Obviamente, em linguajar mais direto, EUA e Grã Bretanha são contra um ataque de Israel ao Irã.

Se Israel atacar antes de as sanções americanas e européias surtirem efeito, será visto como "mimado" em Paris e Washington. Por outro lado, Netanyahu tem razão ao não ver outra opção para impedir o Irã de ter armas nucleares a não ser uma ação militar. Caso contrário, o regime de Teerã certamente terá a bomba atômica ou condições de fabricá-la.

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Alguns analistas, e eu me incluo entre eles, não vêem problema pois acreditamos que a Teoria da Mutua Destruição Assegurada garantiria que os iranianos não atacariam Israel. Outros discordam. Difícil saber quem está certo. Mas Netanyhu, que tem o poder de decisão, faz parte do segundo grupo.

Como afirmei outras vezes, sou brasileiro e moro em Nova York. Se fosse iraniano de Teerã, talvez quisesse a bomba. E, se governasse Israel, faria de tudo para que o Irã não tivesse este armamento nuclear.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacio

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