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Cãorreata pela volta do Picolé

Por Clarice Cardoso, especial para o blog Conversa de Bicho

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Por Fábio Brito
Atualização:

Só quem tem um bichinho de estimação querido pode imaginar o desespero que um dono sente quando algum deles escapa. E só quem tem um bichinho de estimação querido está disposto a fazer o que for preciso para recuperá-lo.

É o caso de Maria Beatriz Cabral de Moura Coutinho, 62 anos, corretora de imóveis e dona de Picolé, que desapareceu no dia 26 de abril. Picolé parece um poodle e tem o rabo cortado, porte médio e pelos brancos, mas orelhas e focinho com manchas cinzas

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 Foto: Estadão

Picolé sumiu no dia 26/4.  Parece um poodle e tem o rabo cortado, 

porte médio e pelos brancos, mas orelhas e focinho com manchas cinzas. 

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Crédito: reprodução Facebook 

Mais do que fazer o básico, que é imprimir e distribuir cartazes com a foto do cachorro, Beatriz criou uma página no Facebook que já tem quase 900 curtidas https://www.facebook.com/cadeopicole.

Ela também organizará no próximo domingo, dia 18, uma "cãorreata" com carro de som e muitos cartazes e folhetos, a partir da Praça Cornelia, na Vila Clelia, para tentar atrair a atenção dos moradores da região e ajudar nas buscas. Trinta pessoas já confirmaram presença no evento. https://www.facebook.com/events/243498112521305/.

Foram duas amigas de Beatriz que deram a ideia de organizar o evento e, para ele, elas pedem a contribuições a partir de R$ 1 para ajudar com os cartazes. "Na verdade, estamos bancando quase tudo, as contribuições foram usadas para imprimir mais coisas, mas o importante de verdade é a colaboração de trabalho das pessoas, que procurem na vizinhança, que colem cartazes", afirma Beatriz. "A divulgação é mais importante que o dinheiro. Não somos endinheiradas não, mas vamos dar um jeito e pagar o que for preciso."

Picolé não teve uma vida fácil, e tudo parecia estar resolvido para ele quando, no dia 31 de outubro, Beatriz o viu na rua ao sair da empresa onde trabalha. "Ele estava largado no jardim, meio escondido, totalmente sem forças, faminto, sujo e com medo. Falei com ele, que se encolheu todo", conta Beatriz, que o resgatou logo em seguida. "Levei a um pet shop que aceitou trata-lo e lá ele tomou um banho, tomou um remédio para acabar com as milhares de pulgas e fez uma tosa no pelo que estava todo grudado. Levei-o para casa, comprei uma roupa porque ele tremia todo, e começamos assim nosso caso de amor."

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Após uma visita ao veterinário, Beatriz descobriu que Picolé tinha uma doença transmitida por um carrapato, e fez o tratamento necessário. Porém, em abril, a dona teve de deixá-lo na casa de uma amiga, na região central de São Paulo, por conta de um compromisso de trabalho, e Picolé pulou o portão.

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Desde então, pessoas que viram os cartazes espalhados pela rua e a página de Picolé no Facebook entraram em contato com Beatriz para dizer que haviam visto o cachorro. Ele já foi visto nas ruas Traipu, Pombal, Duartha e na avenida Sumaré.

Picolé levava uma placa de identificação, mas ela foi arrancada por um guarda de rua na região do Pacaembu, que a usou para ligar para Beatriz. Desde então, Picolé vaga sem identificação pela cidade, mas foi visto pela última vez na av. Inajar de Souza.

Além de Picolé, Beatriz tem uma gata que resgatou do Centro de Controle de Zoonoses, há 14 anos. "Aceito que essas coisas acontecem e fogem do controle. Mas ele levou um pedacinho de mim, e esse pedacinho faz falta. De alguma forma, um pouco de mim está perdido por São Paulo. Queria ser inteira de novo."

Beatriz desenvolveu um mapa no Google com o trajeto que Picolé pode ter feito, a partir das ligações que recebeu, e definiu então os bairros em que focaria a divulgação.

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 Foto: Estadão

 "As pessoas que ligaram eu nem conheço, esse episódio serviu para restaurar minha fé na humanidade, muita gente me liga só para dizer que está rezando por ele e por mim", conta Beatriz. "Cada vez que chego em casa fico desagradavelmente surpresa por ele não me receber aos pulos na porta, nem me acordar toda manhã com uma lambida. Fora que era meu grande companheiro de caminhadas. Com isso não durmo mais direito, não como mais direito, não trabalho mais direito. Fiquei doente na primeira semana, um desgosto só."

 O caso de Picolé é apenas um de muitos cachorros que se perdem todos os dias pela cidade. Uma forma de aumentar as chances de o bicho ser encontrado é o uso da coleira com identificação, que Picolé usava. Muitos outros donos procuram seus cães em páginas como a Procura-se Cachorro https://www.facebook.com/ProcuraseCachorro, que já tem mais de 34 mil curtidas e continuamente publica fotos e contatos de animais que se perderam. Felizmente, o perfil também reúne muitos casos que tiveram final feliz, que é o que se espera para o caso de Picolé.

 

 Foto: Estadão

Crédito: reprodução Facebook

Volta Picolé!#voltapicole#cadeopicole

 

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