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Tradições e cultura paulistas concentradas em Atibaia

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Por Adriana Moreira
Atualização:
Cavalhada de Catuçaba, centenário folguedo da cidade de São Luiz do Paraitinga Foto: Reinaldo Meneguim

O senso comum às vezes nos engana. Quem disse as estradas que saem da capital paulista levam apenas ao litoral ou ao interior? Existe sim um terceiro caminho, o da cultura. Exemplo e prova disso é a 7ª edição do Festival Revelando São Paulo - Entre Serras e Águas, entre amanhã e domingo em Atibaia, a 65 quilômetros da Praça da Sé, uma verdadeira viagem de descoberta da identidade cultural de vários municípios e regiões do Estado de São Paulo. Tudo em um só lugar.

Terno de congo Chapéus de Fita, da cidade de Olímpia. Foto: Estadão

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O Parque Municipal Edmundo Zanoni receberá multifacetada apresentações de mais de 70 grupos artísticos e folclóricos paulistas. No menu musical, tradições que permeiam a vida cultural dos moradores do Estado. Não é todo dia que se escuta (e assiste a) congadas, batuques, folias, império do divino, moçambique, cavalarias e fandangos. Uma porção de tradições que muitos desconhecem.

Contudo, não é só pelo ouvido e pelos olhos que o visitante é fisgado. A viagem pelos 46 espaços gastronômicos do pavilhão de culinária vai do peixe ao porco em poucos passos, cruzando fronteiras de iguarias caipiras e caiçaras. Prepare-se para decidir entre degustar clássicos como feijão tropeiro, galinhada e virados, ou então pratos diferentes como a Roupa Velha, de Tremembé, a Comida de Lobisomem, de Joanópolis, o feijão Guandu, de Piedade e a Tainha de Bom Jesus de Iguape.

Para assentar bem a comida, uma branquinha, ou a marvada, o a boazinha, enfim, só o nome já dá uma ideia das vastidão do universo da cachaça, outro ponto forte do festival. Uma das mais tradicionais é a centenária cachaça de Guararema, produzida pelo Alambique do Décio, que mantém sua fabricação caseira há seis gerações. Mas o que não faltarão são possibilidades.

 

As habilidades manuais regionais estarão todas devidamente demonstradas no pavilhão de artesanato, com trabalhos de cerca de 100 municípios. Uma boa chance de descobrir os trançados de folha de bananeira de Miracatu e Paraibuna, as imagens de santos das cidades de Votorantim e Itararé, as bonecas em palha de Redenção da Serra, as louças de barro dos municípios de Apiaí e Sete Barras, entre outros.

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No Arranchamento Tropeiro, uma grande mostra da vida caipira por meio das tralhas, modas de viola e comidas feita no fogão a lenha. Durante todo o dia os violeiros das cidades de Igaratá, Mairiporã, Atibaia, Bragança e Piracaia tocarão tradicionais modas sertanejas.

No ginásio Elefantinho, próximo aos ranchos, será montada uma grande capela que sediará encontros de várias religiões e receberá imagens sagradas como a de Nossa Senhora Aparecida do Santuário Nacional e a do Bom Jesus dos Perdões, que terá cortejo em sua hgomenagem no sábado, dia 11. A programação completa está em revelandosaopaulo.org.br.

 

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