Instalada no Hall Napoleon, a versão espanhola - que acredita-se ter sido pintada por um dos dois discípulos favoritos de Da Vinci, Salaï (1480-1524) ou Francesco Melzi (1493-1572/73) - estará exposta ao público a partir de amanhã, 29. Enquanto isso, a original permanece na sua habitual sala do 1.º andar, por motivos de segurança e conservação, como explicou o curador Vincent Delieuvin.
Monalisa espanhola, temporariamente em exposição no Museu do Louvre. Foto: Charles Platiau/Reuters
A visita da pintura espanhola faz parte da exposição Santa Ana: a última obra-prima de Leonardo da Vinci, que traz como grande destaque a exibição desta que foi a última pintura do artista - Da Vinci trabalhou nela por duas décadas, até sua morte, em 1519. Um complexo processo de estudo e restauração possibilita agora uma redescoberta da obra, mais luminosa e enigmática, que permaneceu escondida atrás das camadas de verniz durante anos.
Para Delieuvin, o pintura é muito mais complexa e ambiciosa que Monalisa."Trata-se de um quadro que não parou de ser aperfeiçoado ao longo de quase 20 anos, célebre desde suas primeiras versões e que acabou transformando o curso da história da arte", explicou.
Apesar de centralizada em Santa Ana, a mostra é ampla: outras obras do pintor e de seus alunos estarão reunidas pela primeira vez, além de contar com trabalhos de artistas como Miguel Ángel, Degas, Delacroix, Odilon Redon e Max Ernst que se inspiraram nas criações de Da Vinci. A exposição fica em cartaz até 25 de junho.