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Miniguias da Copa: Cuiabá

Adriana Moreira

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Por Adriana Moreira
Atualização:

Rússia x Coreia do Sul, na Arena Pantanal, é um dos poucos jogos da Copa com ingressos para quase todos os setores. Se você ainda não comprou seu tíquete, pode ser a chance de ver uma partida do Mundial e, de quebra, aproveitar para dar uma esticadinha a partir de Cuiabá: a Chapada dos Guimarães está logo ali e, com mais tempo, vale seguir rumo ao Pantanal - o inverno, mais seco, é uma boa época para safáris fotográficos.

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Ao contrário da maioria das cidades-sede, os preços das diárias dos hotéis não estão absurdamente altos, embora o número de quartos disponíveis esteja diminuindo. Dá para ficar num três-estrelas ok pagando uma diária de R$ 350, para dois (piscina é fundamental). Mesmo no aéreo, é possível encontrar bons preços para passar uma semana - Gol e TAM vêm realizando promoções e é bom ficar ligado: devem vir outras por aí. A cidade, contudo, está em obras, e o transtorno se reflete no trânsito.

A capital mato-grossense é conhecida por seu clima quente e úmido. Em junho, as temperaturas costumam seguir altas, com 27 graus, em média - que podem cair a 17 graus à noite. Mas a umidade dá um alívio, e as chuvas são raras. Justamente por causa do calor, as atividades na cidade começam à tarde, e a noite é sempre vibrante. Veja o que fazer por lá.

 

Dia 1 - Raio X da Cidade

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Comece o dia com um café da manhã tipicamente cuiabano. Às terças, quintas, sábados e domingos, a pedida é o bolo de arroz de dona Eulália (o mais famoso da cidade), que há 50 anos prepara a mesma receita, servida na Rua Professor João Félix, 470. Ela começa cedinho, às 5h30 da manhã, e atende até as 10 horas durante a semana e 11 horas aos sábados e domingos.

De estômago forrado, é hora de conhecer alguns dos programas básicos de Cuiabá, como o Museu do Morro da Caixa D'Água Velha (Rua Comandante Costa, s/nº), que funciona em uma caixa d'água desativada na década de 1960. Erguido em 1882, o local conta com mostras temporárias de artistas locais. Outra pedida é a Casa do Artesão (Rua 13 de Junho, 315), com sete salas temáticas (há uma só de artigos indígenas) - além de observar, é um ótimo ponto para comprar lembrancinhas e doces típicos.

Aposte nos pescados na hora do almoço: a Peixaria Popular (Av. S. Sebastião, 2.324) serve a mojica, prato tradicional com pedaços de peixe cozidos com mandioca em seu rodízio (de R$ 24,90 a R$ 35,90). Bem recomendada, a Lélis Peixaria também tem rodízio (R$ 73,90).

À tarde, complete o city tour com as visitas sacras. A simples e graciosa Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (Praça do Rosário, Centro), do século 18, com decoração barroca-rococó em seu interior, é obrigatória. Passe também pela Nossa Senhora do Bom Despacho (Praça da República, Centro), construída em 1720 em estilo gótico e tombada pelo Patrimônio Histórico. Ao lado, fica o museu de Arte Sacra, com peças dos século 17 e 18.

Dia 2 - Depois do pôr do sol 

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Cidade à beira-rio, Cuiabá sabe valorizar os pescados. O Museu do Rio funciona no antigo mercado de peixe da cidade, às margens do Rio Cuiabá. Construído em 1899 - época em que não havia cimento na cidade -, o museu ganhou recentemente um anexo: o Aquário Municipal, que reúne espécies encontrados no Pantanal, no Amazonas e no Rio Araguaia. Uma boa pedida para as crianças, que podem alimentar os peixes com uma ração comprada no local (entrada grátis).

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Deixe para almoçar nas dezenas de peixarias da comunidade São Gonçalo Beira-Rio, onde a história da cidade começou. Um lugar bucólico, onde danças típicas (como o siriri) e as tradições fazem parte da rotina. Em junho ocorre a Festa do Pescador, ainda sem data definida - informe-se antes de ir e veja o bairro em festa, com barraquinhas de comidas típicas e artesanato.

Aproveite a noite no Sesc Arsenal, que concentra a maior parte de sua programação para depois das 17 horas. Às quintas-feiras, há uma feirinha com comida e música típica.

Depois, vá curtir a noite cuiabana. A Praça Popular reúne bares e restaurantes e uma cervejinha nas mesas da calçada será irresistível. O Choppão serve o tradicional escaldado, espécie de sopa com frango desfiado, ovos pochê, molho de tomate e tempero verde. Ideal para o fim de noite - ou para depois da balada.

Dia 3 - Natureza à vista

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Missão cumprida em Cuiabá, é hora de explorar a natureza ao seu redor. Distante 69 quilômetros dali está a Chapada dos Guimarães - até dá para fazer um bate-volta, mas você vai aproveitar mais se hospedando por lá. A cidade é pequena e charmosa, com várias pousadinhas bacanas (é bom se apressar nesse caso, já que há bem menos hotéis por ali do que na capital).

Dá para observar a Cachoeira Véu da Noiva, cartão-postal do parque de 86 metros de altura, de um mirante, seguindo por uma trilha curta que pode ser feita por qualquer um, a partir do estacionamento. Mas para chegar às outras atrações é preciso ter a companhia de um guia (informe-se na cidade ou nas agências em Cuiabá).

O passeio mais tradicional é o Circuito das Cachoeiras, com seis quilômetros e sete quedas d'água no caminho. Outros roteiros levam a grutas, paredões alaranjados e lagoas esverdeadas. Ver tudo isso, obviamente, não é possível em um único dia. Não esqueça de levar agasalho: as noites de inverno ali podem ser bem frias.

 

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