O problema é que ainda não inventaram uma denominação politicamente correta para quem fuma maconha. Maconheiro, convenhamos, ainda é melhorzinho que chincheiro ou puxador de fumo.
O próprio FHC disse certa vez que "chamar estudante da USP de maconheiro é um absurdo", mas também não inventou forma mais apropriada de tratamento.
Quem sabe "cannabis-afetivo" ou "herbóreodependente", sei lá, qualquer coisa soará menos hostil que as designações vigentes para 1,5 milhão de brasileiros que fumam maconha todo dia, segundo cálculos recentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Se nenhum maconheiro gosta de ser chamado de maconheiro, imagina a Soninha, que nem se lembra mais de quando parou de fumar! Prova maior de sua longa abstinência ela dá processando Levy Fidelix pela injúria de chama-la de "maconheira". Tem coisa mais careta que levar a sério o "homem do aerotrem"?