Ao que tudo indica, não haverá motivo mais forte neste final de ano na cidade para quebrar vidraça de banco, tocar fogo em ônibus, espalhar lixo nas ruas, depredar agências de carros importados, atirar coquetel molotov na polícia, forçar o portão do Palácio dos Bandeirantes...
Os próprios sem-teto terão que rever os rumos do movimento, afinal, de que vale lutar por uma casa sem água nas torneiras? As péssimas condições do transporte público, a insegurança nas ruas, a violência policial, o desrespeito aos ciclistas, o papelão do Corinthians, nada de ruim na rotina do paulistano parece tão grave quanto a porcaria da vida numa megalópole estrangulada pela crise hídrica.
Periga nem ter ceia de Natal para não sujar mais louça!