A popularidade das startups chegou ao mundo das grandes corporações. No ano passado, sobraram concursos e premiações para startups promovidas por outras companhias no Brasil. Marcas como Coca-Cola, Mastercard, Bradesco e Mercado Livre criaram ações para novas empresas de tecnologia.
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O intuito de muitas empresas era buscar inovação fora de casa e contratar o serviço de novatas do mercado. Outras, tinham o objetivo apenas de se posicionar como empresas apoiadoras da inovação e dar algum incentivo aos empreendedores.
O assunto rendeu uma reportagem recente aqui no Link. Mas ao mesmo tempo que esse tipo de incentivo traz visibilidade para as startups, também é questionado por alguns empreendedores, que acham que algumas empresas poderiam fazer muito mais pelas pequenas empresas do País.
Conversei com o Guilherme Junqueira, diretor executivo da Associação brasileira de Startups (ABStartups), que deu três dicas para os empreendedores avaliarem melhor esses concursos e premiações antes de participarem:
1-Antes de inscrever-se em um concurso, a startup deve avaliar qual a proposta da iniciativa e que tipo de exposição a participação deste concurso vai trazer.Para a startup é interessante associar sua marca à empresa organizadora?
2- Qual tipo de prêmio a empresa está oferecendo? A participação no evento compensará o tempo dedicado à inscrição e ao projeto? Qual o ganho que a startup terá depois? O dinheiro da premiação ou o reconhecimento de ser reconhecido pela empresa organizadora valem as horas que você deixou de se dedicar ao seu negócio?
3- No caso de concursos que oferecem a possibilidade de fechar um contrato com a grande empresa organizadora, a startup deve avaliar até que ponto fechar o contrato é benéfico para ela e qual o tipo de exclusividade exigida pela empresa. "Não adianta ganhar um concurso e fechar contrato com uma grande empresa se tiver que vender a alma e mantê-la como seu único cliente", diz Junqueira.