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Inovação e tecnologia no mundo das startups

Cuponeria recebe aporte de R$ 800 mil

Startup pertencente ao Buscapé vai aumentar investimentos no mercado mobile

Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

A Cuponeria, portal que reúne cupons gratuitos de descontos, contou ao Start que recebeu um segundo investimento, no valor de R$ 800 mil, feito pela Verus Group, um fundo formado há dois anos por mais de 20 investidores das mais diversas áreas de atuação, que investe em startups com modelos de negócio baseados em tecnologia.

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A Cuponeria pertence ao Buscapé Company e participou da segunda turma do programa Start-Up Brasil, tendo como aceleradora a Aceleratech.

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O novo aporte será utilizado para potencializar o desenvolvimento do negócio no mercado mobile, por meio de melhorias nos setores de BI e TI. Além disso, parte desse investimento será direcionada a ações de marketing, com o intuito de reforçar a marca no País, ampliando sua presença no setor de cupons promocionais eletrônicos.

"Ter apenas um aplicativo não é nosso foco, nós queremos que as pessoas realmente possam usar o cupom pelo celular. Isso ainda não existe por uma questão de tecnologia, porque o laser do caixa de um supermercado, por exemplo, reflete na tela do celular. Mas vamos fazer essa adaptação para que até o início do segundo semestre as pessoas não precisem imprimir mais os cupons e possam usar o celular no caixa", me explicou Thiago Brandão, de 26 anos, diretor executivo da Cuponeria.

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O objetivo da startup é que ao entrar em um estabelecimento como um supermercado ou um shopping, o usuário possa receber alertas pelo aplicativo sobre os cupons de descontos disponíveis no local para serem usados na mesma hora.

Segundo Brandão, a empresa cresceu a uma média de 30% ao mês no último ano e já acumula mais de 1 milhão de usuários, o que faz com que o negócio opere no azul. A escolha pelo novo aporte, segundo o empreendedor, foi uma forma de acelerar o crescimento da startup, o que não seria possível com recursos próprios.

MudançaA Cuponeria foi criada em 2011 por Brandão e seus sócios Nara Iachan, de 24 anos, e Lionardo Nogueira, de 31, em uma época em que as compras coletivas faziam sucesso no País. Inicialmente, o foco da startup era oferecer cupons de desconto para serviços como os das clínicas de estética, mas nos últimos anos adaptou seu modelo de negócio e ampliou o foco para grandes varejistas, além de outros segmentos como restaurantes e bares.

Além dos cupons que podem ser impressos e levados à loja do anunciante, há também as ofertas da internet, com códigos de desconto para serem inseridos na hora da compra ou que levam direto à loja virtual.

A empresa venceu o extinto concurso "Buscapé: Sua ideia vale um milhão", e foi incorporada pelo Buscapé. Conforme matéria publicada no Estadão em novembro, em conjunto com a repórter Nayara Fraga, o programa de apoio a startups do Buscapé não vingou. Depois que a Naspers decidiu agrupar operações de setores semelhantes em linhas de negócio, o que tornou o Buscapé "limitado" à comparação de preços, a empresa enxugou seu quadro de funcionários e, entre os cortes, duas empresas que participaram do programa deixaram o Buscapé. Outras startups associadas à empresa fecharam.

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"Para o nosso modelo de negócio a parceria com o Buscapé foi muito boa. Até hoje aproveitamos bastante a estrutura do jurídico, contabilidade e marketing deles", afirma Brandão.

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Perguntei a Brandão sobre a dificuldade de criar uma cultura de uso de cupons de desconto no Brasil, já que outros serviços do tipo e os sites de compra coletiva perderam mercado após uma euforia inicial. "A compra coletiva não deu certo em lugar nenhum do mundo porque não era uma experiência boa para o usuário, ele tinha que pagar antes por um serviço que ele não tinha usado", diz Brandão. "O que nós fizemos foi trazer uma tecnologia dos EUA e preparar o mercado para receber cupons. Estamos criando essa cultura e a experiência é boa porque a pessoa decide se vai ou não usar o cupom na hora de passar no caixa.O desafio que a gente tem é fazer com que pessoas magoadas com compra coletiva entendam que esse é um novo modelo", explicou.

O momento delicado da economia do País é visto como uma oportunidade pela startup para crescer mais. "Esse mercado bombou nos EUA em uma época de crise, quando o consumidor precisou da ajuda da indústria para manter o perfil de compra. Em momentos de economia complicada, aumenta o consumo de cupons", diz.

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