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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Delação

Por Sonia Racy
Atualização:

Em depoimento à Justiça Federal, dia 24 de novembro de 2014, Alberto Youssef declarou que "Carlos Pires e Luiz Nascimento (sócios da Camargo Corrêa) tinham conhecimento dos pagamentos de comissões" para a obtenção de contratos da Petrobrás.

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Nessa delação premiada, o doleiro disse ter sugerido à construtora, por meio de seu vice-presidente, Eduardo Leite, que comprasse tubos da Sanko-Sider para as obras da refinaria Abreu e Lima e aproveitasse a negociação para colocar em dia o pagamento de cerca de R$ 15 milhões de "comissões pendentes".

Delação 2 Leite, João Auler e Dalton Avancini - presos na Operação Lava Jato - foram citados como executivos com os quais o doleiro tratava das comissões. O depoimento - Termo de Colaboração 52 - feito à Justiça Federal em Curitiba afirma que Nascimento e Pires "eram consultados por ocasião dos pagamentos de comissões" feitos a Youssef por meio da Sanko-Sider.

O doleiro também relatou ter agendado reunião entre Nascimento e Pires com Paulo Roberto Costa, "a fim de serem tratados assuntos referentes à Petrobrás". E que, embora não tenha participado, tem certeza de que a reunião ocorreu em 2012.

Delação 3 Para intermediar as vendas da Sanko-Sider à Camargo Corrêa e outras empresas, Youssef disse ter recebido cerca de R$ 9 milhões em comissões. Dos quais 15% iam para Paulo Roberto Costa e o restante, em partes iguais, para ele, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos (também diretor da construtora).

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Youssef diz acreditar que a Camargo Corrêa não sabia desse pagamento a Leite e Santos.

Delação 4 Consultada, quinta-feira, sobre o assunto, a assessoria da Camargo Corrêa não se pronunciou oficialmente até o fechamento desta coluna.

Já a Sanko-Sider afirmou que suas relações com Alberto Youssef "se deram exclusivamente na condição deste como representante comercial e efetuando vendas apenas para companhias privadas, sendo remunerado através de comissões legais".

Diz ainda que os porcentuais de comissões "eram sempre proporcionais às características de cada contrato" e que "essa documentação, aliás, já foi toda entregue à Justiça Federal e auditada por peritos da Polícia Federal".

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