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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Acima do limite?

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Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Luciana Prezia

Roberta Whately desabafou, ontem no Facebook, depois de deixar R$ 7 mil na alfândega do aeroporto de Guarulhos. A empresária contou à coluna que, ao chegar de viagem na última quarta, foi declarar bens eletrônicos comprados nos EUA (um projetor e uma caixa de som). Após pagar o imposto, foi indagada por uma fiscal sobre todos os itens de sua mala, incluindo roupas íntimas e produtos de higiene pessoal. A funcionária fez perguntas como "em que hotel eu havia me hospedado no exterior" e "como estava o tempo por lá", conta Roberta. Perguntou também se as roupas íntimas (calcinhas) haviam sido compradas na viagem e pediu pelas notas fiscais.

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Depois de vasculhar a bagagem por uma hora e meia, a fiscal afirmou à empresária que ela "não teria dito a verdade" e cobrou R$ 7 mil por 4 itens (que, segundo Roberta, eram antigos e comprados no Brasil): dois pares de sapatilhas Burberry e duas bolsas - uma Chanel, cuja nota fiscal ela pediu à loja e que já está em suas mãos; e uma Gucci, datada de... 10 anos atrás.

Além disso, segundo Roberta, no Darf emitido pela alfândega, não há descrição detalhada dos produtos que foram taxados - ou seja, podem ser taxados de novo caso ela queira viajar com eles outra vez. Curiosamente, seu notebook, comprado há dois anos, passou incólume pela rigorosa revista.

Procurada pela coluna, a Receita explica que "roupas e outros objetos de uso pessoal são isentos desde que usados durante a viagem e compatíveis com as circunstâncias da viagem". E também que, se o viajante "não estiver portando a nota fiscal no momento, sempre tem a opção de deixar o produto retido e apresentar a comprovação depois".

A autarquia reitera que "todas as reclamações que chegam à Receita são analisadas para aprimoramento do serviço oferecido. O trabalho dos servidores é pautado pela preservação do sigilo e da privacidade dos contribuintes e pelo tratamento respeitoso e urbano".

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