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Às vésperas do duelo, argelinos e belgas invadem BH

Torcedores europeus e africanos ocuparam a praça local na tarde desta segunda-feira, 16

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Por Seleção Universitária
Atualização:

Torcedores europeus e africanos ocuparam a praça local na tarde desta segunda-feira, 16

Argelinos e belgas 'invadem' BH (Gabriel Gama/Seleção Universitária) Foto: Estadão

 

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Gabriel Gama - especial para o Estado de S. Paulo

BELO HORIZONTE - O jogo está marcado para acontecer nesta terça, 17, às 13h, no Mineirão, mas para belgas e argelinos, o clima de rivalidade começou mais cedo. Na tarde desta segunda, 16, cerca de 40 torcedores dos dois países se concentraram na Praça da Savassi, em BH, e fizeram muito barulho.

Alguns vestiam as cores das seleções, outros traziam bandeiras, chapéus, bandanas e rostos pintadas, mas todos cantavam - "Go, go, Belgium!" (Vamos, vamos, Bélgica!) e "One, two, theree, viva Argerie!" (Um, dois, três, viva, Argélia!).

A festa chamava a atenção dos que passavam pelo local e atraía olhares dos vendedores, que não resistiam e conferiam a festa das portas das lojas. Tinha até argelino escalando uma árvore no centro da praça para pendurar uma bandeira.

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A divisão entre as duas torcidas era vista apenas nos contrastes do vermelho e preto dos europeus e do verde e branco dos africanos, pois os torcedores dos dois povos se abraçavam, pulavam e cantavam juntos.

Argelinos. Cerca de dois mil argelinos chegarão diretamente do país para o jogo, enquanto outros três mil virão da Europa e América do Norte. Azzdini Boygelli e sete amigos, que fazem parte desta segunda parcela, marcarão presença nos três jogos da Argélia. "Nosso grupo tem pessoas de vários lugares. Eu moro nos Estados Unidos há sete anos, o Hocini vive em Londres, outros vieram da França e da Argélia mesmo", afirma.

Boygelli aprovou a organização, a estrutura e a receptividade da capital mineira. "Não temos nada a reclamar, por enquanto. Poucos falam inglês, mas todos nos trataram bem. Também não vimos nada de perigoso, as ruas são bem seguras", completa.

Belgas. Mesmo vivendo em um país com índices sociais e econômicos superiores ao Brasil, a impressão dos torcedores belgas em relação ao Brasil é a mesma dos argelinos. Sentados em um dos bares da praça, o grupo de Philippe Jungers parecia estar à vontade, tanto que até jogavam baralho tranquilamente, enquanto bebiam e fumavam. "Estou gostando daqui. Ouvíamos falar muito mal do Brasil, que aqui era perigoso e violento, mas não vimos nada disso", diz. A previsão é que cerca de 5 mil belgas marquem presença no Mineirão.

Anthony Muller, amigo de Jungers, espera um jogo bom dos Diabos Vermelhos na partida de estreia. Segundo Muller, a atual geração de jogadores é superior tecnicamente à geração de 2002 liderada por Marc Wilmots, podendo ser comparada até ao time belga que foi às semifinais na Copa do Mundo de 1986, no México.

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"A grande diferença dessa geração está no equilíbrio. Temos excelentes jogadores em todas as posições. Courtois é o melhor goleiro do mundo, Kompany é um dos zagueiros mais seguros da Europa. Ainda temos Hazard, Witsel, Mertens, De Bruyne e muitos outros. Acho que quartas de final está de bom tamanho", afirma.

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