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Movimentos, direitos, ideias

Comissão da Verdade terá site para divulgar atividades

A Comissão Nacional da Verdade vai criar um site para divulgar suas atividades. Uma versão provisória deve ir para o ar dentro de dez dias. "O objetivo é oferecer uma visão detalhada de tudo que estamos fazendo", explicou a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, uma das sete integrantes da comissão. 

Por Roldão Arruda
Atualização:

Ainda segundo a advogada, a preocupação com a divulgação e a transparência nas atividades não impedirá a comissão de continuar realizando sessões sigilosas para ouvir depoimentos. "Nós estamos procurando saber a verdade sobre a história do período da ditadura", observou. "Se alguém sabe de fatos importantes e deseja falar sigilosamente, nós vamos ouvi-lo e respeitar o sigilo. Isso faz parte do trabalho de investigação."

  Foto: Estadão

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Se o depoente não pedir sigilo, suas declarações serão postas à disposição dos interessados, segundo Rosa Maria. Nos próximos dias a comissão passará a contar também com uma assessoria de imprensa, que terá a tarefa de facilitar o acesso de jornalistas às ações em andamento.

Na segunda-feira (2), o jornal Estado publicou matéria com reclamações de representantes de entidades de direitos humanos a respeito do sigilo em torno de depoimentos ouvidos na comissão.  "Só fazemos isso quando as pessoas pedem e nós temos interesse em ouvi-las. Quando não se opõem à exposição pública, não temos razão para manter sigilo", explicou a advogada.

Nos próximos dias os integrantes da Comissão Nacional irão se reunir com representantes de comitês da memória e da verdade que se espalham por todo o País. Eles funcionam desde a década de 1980 e são integrados principalmente por ex-presos políticos e familiares de mortos e desaparecidos.

"São grupos estruturados e bem articulados, que já trabalharam intensamente na recuperação da história. Queremos conhecer seu trabalho, para poder ir além", disse Rosa Maria.

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Na próxima reunião da comissão, na segunda-feira, também será analisada a questão dos depoimentos de jornalistas e historiadores que realizaram pesquisas e reuniram documentos sobre a ditadura.

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