O momento é crítico. O consórcio que toca a obra quer aproveitar o período de seca na região para finalizar a barragem do Rio Xingu. Seus planos dependem, porém, de um último aval da Funai, encarregada de defender os povos indígenas dos impactos da obra.
O mais provável é que se discuta hoje a questão dos índios xikrin, que vivem às margens do Rio Bacajá e dependem do transporte fluvial para chegar até a cidade de Altamira. Com o fechamento do rio e a construção da barragem, eles podem ficar sem via de acesso ao centro urbano.

Ficou estabelecido, no conjunto de obrigações da empresa e do governo destinadas a mitigar os impactos da obra, que seria construída uma via alternativa para os índios. O problema, segundo organizações não governamentais que acompanham o debate, é que o projeto chegou em cima da hora à Funai. Não teria havido tempo suficiente para analisá-lo e consultar os indígenas.
Paralelamente ao encontro de Brasília, representantes das construtoras e do governo continuam se reunindo com os indígenas que ocuparam um dos canteiros de obras em Belo Monte. Eles estão ali desde o dia 21 de junho.
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