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Movimentos, direitos, ideias

Arcebispo culpa governo pela situação de insegurança jurídica em Mato Grosso do Sul

Em carta aberta às autoridades, o arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Resende, disse nesta quarta-feira, 27, que acompanha com preocupação  o agravamento dos conflitos fundiários no Estado. Para ele, a tensão decorre da "demora das autoridades competentes em apresentar uma solução concreta para a situação dos povos indígenas mobilizados por suas terras e dos produtores rurais que têm suas propriedades reivindicadas como de ocupação tradicional pelos índios".

Por Roldão Arruda
Atualização:

Dom Dimas lembrou que, em maio, representantes do governo federal estiveram no Estado e prometeram encontrar uma solução para os conflitos. Transcorridos quase seis meses, porém, nada mudou.

 Foto: Estadão

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"Vimosmais uma vez a insegurança e o descrédito tomarem conta tanto de índios como de produtores rurais, deixando intranquila também toda a sociedade que almeja pela paz social, respeito pelos direitos e pela justiça e vida digna para todos", disse o líder religioso em sua carta.

Segundo o arcebispo, a insegurança afeta tanto as comunidades indígenas, que "não têm condições de resgatar suas formas próprias de organização", quanto os produtores rurais, que possuem títulos de propriedade fornecidos pelo Estado e "atravessam momentos difíceis".

O governo precisa redobrar os esforços para a busca de uma solução para o problema, segundo dom Dimas. Na carta, ele faz um apelo às autoridades federais e do Estado para que mantenham negociações abertas no primeiro semestre.

Dom Dimas, de 57 anos, é membro do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Assumiu a direção da Arquidiocese de Campo Grande em 2011.

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