Sim e não. Alan Kardec poderia ter essa consideração, embora, pelo noticiário, o jogador tem levado esse carinho pelo clube para a mesa de negociação. Mas no ambiente profissional, esse tipo de situação não deve ser cobrada. Alan Kardec deve ficar porque, entre outras coisas, gosta de atuar pelo Palmeiras. Isso tem de ficar claro. Ocorre que o Palmeiras precisa gerir suas contas de modo a fazer valer a lei do custo-benefício, muito comum nas grandes empresas. Isso significa dizer que Paulo Nobre tem de saber para quem paga os melhores salários do Palmeiras. Desse ponto de vista, mais vale o clube investir em jogadores que dão resultados do que ter uma série de pernas de pau no elenco, com vencimentos em dia e na casa dos R$ 50 mil e R$ 100 mil, que pouco ajudam.
E o Palmeiras tem esses jogadores. O presidente sabe disso. E por isso, o clube se vê refém dessa situação e agora não tem dinheiro para pagar Alan Kardec. Duvido que o torcedor não queira que Kardec permaneça no elenco. Nobre não pode tratar seus jogadores da mesma forma. O atleta importante para o time deve saber disso, dessa condição. Não digo que deva ter regalias no trabalho, mas sua condição precisa ser reconhecida.
Esse conceito também faz parte das grandes empresas. De modo que o Palmeiras precisa muito de Kardec, e já que deixou chegar nessa condição, precisa também resolver essa pendência. Seria um desastre para Paulo Nobre perder o atacante para a concorrência.