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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|O Palmeiras precisa resolver três pontos: seu técnico, a permanência de Márcio Araújo e a contratação de um goleiro

A derrota do Palmeiras para o Atlético-PR por 3 a 0 e sua eliminação da Copa do Brasil expõe muito mais que uma fragilidade do time em campo, sobretudo pela ausência de seu principal jogador, o meia Valdivia. Expõe um time com mentalidade de segunda divisão, com medo de encarar adversários fora de casa, incentivado por seu treinador em jogar para empatar e não respeitando a tradição de sua história. Confirma ainda que alguns jogadores deste elenco já deram sinais de que não podem mais ajudar o time, refiro-me ao volante Márcio Araújo e aos goleiros que o Palmeiras tem. Nem Prass nem Bruno nem nenhum outro parece ter condições de defender o gol onde já brilharam inúmeros craques.

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Atualização:

A falta de coragem Jogar na defensiva tem muito a ver com os pensamentos do treinador Gilson Kleina, que ainda não  entendeu que o Palmeiras é um time grande independentemente de sua condição de participante da Série B. O Palmeiras é melhor que o Atlético-PR. Então, jogando em São Paulo ou no Paraná, tem de partir para cima, sem medo, com coragem, atacando para se impor e para não deixar o rival dono da casa crescer na partida, como ocorreu. O que se viu, no entanto, foi um Palmeiras pequeno e tímido. Gilson Kleina já deu outras demonstrações de como pensa o futebol. Ele trabalha no Palmeiras como se estivesse trabalhando na Ponte Preta, jogando para empatar ou para tentar encaixar uma bola. E hoje o Palmeiras tem um elenco que dá sim para jogar no ataque.

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Márcio Araújo Toda bola de ataque sobra para o volante, que infelizmente não sabe o que fazer com ela. E Márcio Araújo é quem mais perde bola que gera contragolpe. Foi assim que saiu um dos gols do Furacão em Curitiba. O Palmeiras não precisa de Márcio Araújo, tampouco precisa jogar com três volantes. Charles é outro que não dá para vestir a camisa do time. São jogadores que não acrescentam nada em 90 minutos, que vivem de jogadas isoladas. Escalar todos esses jogadores também reflete a forma que Kleina pensa o futebol.

Prass O palmeirense sofre com a ruindade de seus goleiros, que há muito não jogam mais na sombra de Marcos. Ocorre que eles estão sempre mal posicionados, seja Prass ou Bruno ou qualquer outro. Não é possível, me perguntou um torcedor na manhã desta quinta, que a escola de bons goleiros do Palmeiras tenha acabado e que não tenha um jogador dessa posição capaz de fazer carreira no clube e assumir a camisa. Prass nunca foi no Palmeiras o mesmo do Vasco. Tenho até dúvidas se no Vasco ele era tudo isso que justificou sua contratação. Os goleiros do Palmeiras jogam com medo.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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