A falta de coragem Jogar na defensiva tem muito a ver com os pensamentos do treinador Gilson Kleina, que ainda não entendeu que o Palmeiras é um time grande independentemente de sua condição de participante da Série B. O Palmeiras é melhor que o Atlético-PR. Então, jogando em São Paulo ou no Paraná, tem de partir para cima, sem medo, com coragem, atacando para se impor e para não deixar o rival dono da casa crescer na partida, como ocorreu. O que se viu, no entanto, foi um Palmeiras pequeno e tímido. Gilson Kleina já deu outras demonstrações de como pensa o futebol. Ele trabalha no Palmeiras como se estivesse trabalhando na Ponte Preta, jogando para empatar ou para tentar encaixar uma bola. E hoje o Palmeiras tem um elenco que dá sim para jogar no ataque.
Márcio Araújo Toda bola de ataque sobra para o volante, que infelizmente não sabe o que fazer com ela. E Márcio Araújo é quem mais perde bola que gera contragolpe. Foi assim que saiu um dos gols do Furacão em Curitiba. O Palmeiras não precisa de Márcio Araújo, tampouco precisa jogar com três volantes. Charles é outro que não dá para vestir a camisa do time. São jogadores que não acrescentam nada em 90 minutos, que vivem de jogadas isoladas. Escalar todos esses jogadores também reflete a forma que Kleina pensa o futebol.
Prass O palmeirense sofre com a ruindade de seus goleiros, que há muito não jogam mais na sombra de Marcos. Ocorre que eles estão sempre mal posicionados, seja Prass ou Bruno ou qualquer outro. Não é possível, me perguntou um torcedor na manhã desta quinta, que a escola de bons goleiros do Palmeiras tenha acabado e que não tenha um jogador dessa posição capaz de fazer carreira no clube e assumir a camisa. Prass nunca foi no Palmeiras o mesmo do Vasco. Tenho até dúvidas se no Vasco ele era tudo isso que justificou sua contratação. Os goleiros do Palmeiras jogam com medo.