O fato é que Neymar, hoje mais maduro do que ontem e assim sucessivamente em sua carreira de três anos, precisa subir mais um degrau. E ele parece não querer fazer isso. Esse degrau o levaria para a Europa, entre os grandes do mundo. Neymar botou na cabeça, ou botaram na cabeça dele, que é preciso ficar no Brasil até o fim da Copa do Mundo de 2014. Ele parece também não querer largar o osso da vida 'fácil' que tem no Brasil, onde já é rei.
É decisão difícil para um garoto de 21 anos, concordo. Jogar na Europa é tarefa para os melhores não só de futebol como também de personalidade. E aí acho que Neymar é fraco. Ele não tem (ainda) essa personalidade que se cobra dele. Não o vejo batendo no peito e dizendo 'vou vencer na Europa', coisa que um amigo já o fez. Refiro-me a Lucas, agora do PSG e antes do São Paulo. Lucas já come o pão francês que o diabo amassou, se é que é possível ter pão amassado pelo diabo em Paris, e está hoje na frente de Neymar na corrida para ganhar o mundo.
É claro que Neymar pode também dá de ombros para tudo isso, mundo, melhor do mundo, Europa, e admitir que sua vida é boa mesmo em Santos, ao lado de seus pais e amigos, com seu dinheiro farto no bolso. É possível, por que não?. O Brasil está cheio de histórias de gente boa que preferiu permanecer em postos seguros do que encarar a vida em outras praças e cidades. O fato é que ser rei no futebol brasileiro é uma coisa. E ser rei no futebol mundial é outra bem diferente.