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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Neymar precisa assumir seu papel no futebol mundial

Felipão teve 40 minutos na terça-feira para ajeitar o time que enfrentaria a forte Inglaterra, em Londres, um dia depois. E ainda usou parte desse tempo para deixar com que seus jogadores brincassem num rachão. Então, é preciso ter cautela para analisar o trabalho do treinador em sua primeira partida de volta ao comando da seleção. O Brasil perdeu nesta quarta por 2 a 1. Poderia ter empatado se Ronaldinho Gaúcho não tivesse desperdiçado pênalti no primeiro tempo.

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Atualização:
 Foto: Estadão

Mas nem foi Ronaldinho quem mais desagradou, embora tenha sido um deles. Felipão sabe avaliar seus atletas e certamente entende que alguns jogadores ainda estão amarrados em começo de temporada. Ronaldinho é um deles, sem dúvida. A boa notícia é que, finalmente, a seleção achou um goleiro. Julio Cesar voltou para acabar sua história no time nacional. Fez defesas importantes e só não pegou mais porque, realmente, esse time inglês é muito bom.

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Quem decepcionou foi Neymar. Sim, o nosso craque. Decepcionou porque se esperava mais, muito mais, dele. O atacante voa no Campeonato Paulista, mas foi incapaz de passar pelos marcadores ingleses. Tentou uma bicicleta de pneu furado no segundo tempo e um ou outro drible em arrancadas. Pouco para a fama que levou para dentro do lendário Wembley.

O fato é que Neymar precisa tomar o seu lugar no futebol mundial. Que ele é melhor que todos no Brasil, isso nós já sabemos. Tem de provar que pode entrar para o seleto grupo dos craques que a história do futebol reverencia para o resto dos tempos. Essa condição ele ainda não tem e está longe de conseguir. Neymar é craque no Brasil.

Jogando no Santos e diante de rivais como Bragantino e Ituano, o garoto de 21 anos nunca saberá como é enfrentar jogadores europeus. Suas apresentrações com a seleção têm deixado a desejar, assim como o jogo do Santos contra o Barcelona pelo Mundial da Fifa de 2011. Neymar pareceu tímido na frente dos ingleses. E isso o prejudica demais.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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