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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Não será treinador estrangeiro. Gallo e Tite podem fazer dobradinha

A CBF já tem algumas certeza depois da demissão em massa da comissão técnica do Brasil. Não vai trabalhar com treinador estrangeiro. Quer contratar um técnico que tenha projeto ou que saiba trabalhar a longo prazo. Formará uma comissão que não necessariamente esteja atrelada ao chefe. E tem de pensar em Olimpíada e Eliminatórias ao mesmo tempo. Não está descartada uma parceria, que ainda a entidade não sabe como chamar. Há uma repulsa na combinação técnico-coordenador. Esse modelo a CBF não quer repetir, a exemplo do que ocorreu com Felipão e Parreira.

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Atualização:

Tite e Alexandre Gallo ainda são os mais indicados. Tanto José Maria Marin quanto Marco Polo del Nero gostam da postura de Gallo, de sua forma de pensar o futebol. Não é um treinador que passa a mão na cabeça do atleta, e isso ganha pontos nesse momento. O jeito Felipão-Parreira de defender o elenco também desgostou a dupla de comando da CBF em alguns momentos. Gallo tem toda a base nas mãos, Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Sub-21 da seleção. É tecnico do Sub-20 e coordenador das outras categorias. Marin e Del Nero sabem que a seleção olímpica não pode sobreviver sem ele. E o prazo é curto. A Olimpíada do Rio será disputada em dois anos.

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O senão é passar pelo fogo cruzado que sempre foi para o Brasil a medalha de ouro no futebol. Daí a necessidade de uma parceria com um treinador mais experiente, uma mão pesada como Tite. A campanha do Corinthians na Libertadores e os três anos mantidos no clube, basicamente com o mesmo elenco, agrada à cúpula da CBF. Marin sabe também que Tite viu todos os jogos da Copa, que se recicla desde dezembro, quando largou o Corinthians, c0m algumas viagens para a Europa, mas que também tem uma oferta, ainda não confirmada, da seleção japonesa. Sabe que Tite está no mercado.

Mas nada está decidido. Marin e Del Nero não pretendem anunciar o nome do novo treinador nesta quinta-feira, quando darão entrevista no Rio. Querem deixar a poeira baixar. Raposas que são, não vão fazer escolhas no calor da crise. Pensam ainda em nomes para compor uma comissão. Ex-atletas que pensam como eles. Gente que dará peso ao banco do Brasil, a exemplo da Alemanha e Holanda, nossos algozes.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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