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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Leco se sente traído por Juvenal no processo eleitoral do São Paulo

O vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, sentiu-se traído quando Juvenal Juvêncio anunciou que Miguel Aidar seria seu sucessor no processo eleitoral do São Paulo. Leco nunca se disse candidato da situação, embora, usando suas próprias palavras, sempre se considerou no processo. Queria. Tinha essa ambição. Achava-se com capacidade e em condições de ajudar o São Paulo.

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Foto do author Robson Morelli
Atualização:

A rotina de Leco sempre foi estar à direita de Juvenal. Nos jogos do São Paulo no Morumbi, Leco e Juvenal tradicionalmente almoçavam juntos no CT da Barra Funda para depois seguir com o elenco, de ônibus, para o estádio. Entendia, talvez, que o bastão fosse automático pelo menos até chegar às urnas no clube. Poucos entendem até o momento que a oposição possa fazer frente a qualquer candidato de Juvenal. Então Aidar, praticamente, está eleito.

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Vem daí também parte da amargura de Leco. Embora a última gestão de Juvenal tenha sido marcada por trapalhadas, as anteriores foram primorosas, o que deu a ele condição de fazer seu sucessor sem sobressaltos. Leco gostaria de comandar o São Paulo, de seu o presidente. É do futebol e sabe os atalhos desse caminho. Entende também que o time é o principal bem do clube, de qualquer clube. Embora negue, o retorno de Muricy Ramalho também foi entendido como uma afronta à sua situação, uma vez que ambos nunca se bicaram. Também é fato que Leco saberia conviver com um treinador que pudesse ajudar o São Paulo mais que o anterior, situação que motivou a troca de Autuori por Muricy.

Provavelmente após o processo eleitoral no São Paulo, Leco se afaste do clube. Mas isso ainda não está decidido.

UM DIA VOU FALAR ISSO PARA ELEEssa é para Felipe Massa, que deixa a Ferrari no fim do ano 'Tenho a impressão de que você parou de acelerar depois daquele terrível acidente que sofreu e que o tirou das pistas por meses. Por andar sempre no limite, o piloto de F-1 deve pensar duas vezes depois de se envolver num acidente feio. Com uma Ferrari nas mãos, você precisava andar mais na frente.'

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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