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Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Felipão prepara seus jogadores para o sucesso, mas também para o fracasso

Felipão também prepara sua equipe para o pior nesta Copa do Mundo. Entende o regulamento da competição e faz com que seus jogadores também saibam que se o Brasil não for mais competente que o rival em todos os quesitos que envolvem uma disputa de futebol, o time estará eliminado. O que o treinador faz é conscientizar a todos que é preciso entender o que está em jogo e que o adversário, da mesma forma, também se prepara para ganhar as partidas e a Copa. Alerta para o fato de que qualquer resultado que não seja o traçado pelo time na disputa, a taça, o mundo não pode acabar. Com isso, deixa seu elenco mais tranquilo, seguro e sabedor que o disputa vale muito.

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Atualização:

"O Brasil vive essa situação de decisão, de mata-mata, já desde o jogo contra Camarões, porque naquela partida, não estávamos classificados ainda. Mostro o regulamento para meus jogadores e o risco que corremos numa competição eliminatória. E vamos correr riscos até o final, se formos passando de fase. Todos eles sabem disso. Não ficaremos orgulhosos se a gente não conseguir passar, mas não devemos nos jogar num poço. A vida não acaba."

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Felipão pensou em tudo e não trabalha para perder, mas mostra aos jogadores o que está em jogo. Sempre foi assim. Numa das palestras feitas ao elenco nesta Copa, em sua fase de preparação, foi dito ao grupo que a conquista dará a todos quatro anos de tranquilidade, até a próxima Copa do Mundo, em 2018. E que isso também deveria motivar a todos. "Vocês darão um mês de suas vidas à seleção e ela lhe devolverá em troca quatro anos de reverência." Até que outro campeão se forme na Rússia.

Que o Brasil chegaria até a partida de oitavas, ninguém tinha dúvidas. Daqui para frente, o torcedor, como em todas as Copas e talvez um pouco mais nessa porque ela acontece em casa, terá de ter paciência e controlar os nervos para ver as partidas da seleção. Derrotando o Chile, o Brasil espera pelo finalista de Uruguai e Colômbia.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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