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Opinião|Bernard marca viagem para voltar à Ucrânia, mas ainda espera por uma transferência

Bernard teme a guerra, que não é sua nem de nenhum brasileiro. E ainda não sabe se o clube pode mesmo garantir a segurança dos seus jogadores

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Atualização:
 Foto: Estadão

Bernard aposta tudo em seu agente para conseguir nos próximos dias uma transferência da Ucrânia. O atacante das pernas alegres, que não foram tão alegres assim na Copa do Mundo, ainda não se apresentou ao Shakhtar Donetsk, onde deveria estar há mais de duas semanas, por causa do conflito armado do país com a Rússia. Ele e outros já foram cobrados pelo treinador do time e também chamados de "irresponsáveis" por não terem aparecido ainda.

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Bernard preocupa-se com sua segurança, e também a de seus familiares, que moram com ele. Nesta segunda, os conflitos em Donetsk se intensificaram, de modo que as embaixadas na cidade pediram a retirada dos estrangeiros. O fato de não ter voltado ainda para a Ucrânia diz respeito à guerra. Bernard não quer se expor num conflito que não é seu, nem de nenhum brasileiro, embora o clube lhe garanta, e também aos outros estrangeiros, segurança para jogar futebol, se é que isso é possível numa guerra. Ele tem contrato é teria de voltar em situação de paz.

A estratégia do jogador é deixar o tempo passar. Ele tem consciência de que deve retornar e sentir de perto o clima da cidade, até para avaliar melhor o grau de segurança que terá nesse recomeço de temporada. Por isso Bernard programa sua volta para a próxima semana. Seus representantes, no entanto, já negociam uma saída por empréstimo de um ano. Não seria demais dizer que Bernard aceita qualquer contrato desde que seja na Europa e em país sem guerra.

Antes da Copa, alguns clubes da Inglaterra sondaram o jogador. O City foi um deles. O maior problema no momento é convencer o Shakhatar a liberá-lo após um ano dos cinco que assinou com o clube ucraniano. As negociações já foram iniciadas.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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