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Crônicas do cotidiano

Pô, Lolla!

Sabe, Lollapalooza, eu até estava a fim de te conhecer.

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Por Ricardo Chapola
Atualização:

Não era pra menos: todo mundo falava bem de você e de como suas festas eram ótimas. Só eu não achava e por muito tempo continuei não achando. Só que eu mudei, Lolla, de verdade. Tudo bem que fui a sua festa mais a convite que por iniciativa própria.

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Mas não ia demorar minha proatividade, Lolla, eu juro, eu juro. Os elogios a seu respeito já tinham perfurado meus tímpanos e tinham convencido praticamente todos os neurônios que relutavam em admitir que, pô, a Lolla deve ser legal pra cacete mesmo.

Neste ano, fui a sua festa pelo simples desejo de te conhecer, sem saber picas de Arcade Fire, ou sequer balbuciar uma letra de Soundgarden. Nada disso, além de New Order, era a minha praia.

Mesmo assim dei as caras e mesmo assim você não demonstrou um pingo de carinho, Lolla. Debaixo de seu nariz, pregaram em mim a mesma peça que pregaram em 80 de seus fãs no ano passado, roubando meu celular - onde estava o meu Instagram, que usaria pra tirar fotos com você; meu Facebook, que eu usaria pra pagar pau pra você; meus contatos, para quem eu ligaria pra falar que eu estava na sua festa e pra finalmente dizer a todos eles que, pô, a Lolla era mesmo muito foda.

Falar que prenderam os caras na última festa não vai servir de mea culpa, Lolla. Tarde demais. Seria melhor você provar que, além de bacaninha, é amigo de verdade de toda aquela gente que gasta uns bons caraminguás só pra te ver. Pô, Lolla, se me permite um conselho de amigo, amigo mesmo: resolve esse problema primeiro. Aí quem sabe a gente se vê de novo.

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Leia no 'Estadão' cobertura completa sobre o Lollapalooza 

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