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TV sob demanda

Cada vez mais os espectadores optam por serviços de TV via internet

Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

A maneira como as pessoas veem televisão tem mudado rapidamente. Na semana passada, a Nielsen (que mede a audiência da TV americana como o Ibope mede da brasileira) anunciou que passará a verificar quantas pessoas assistem a programas na Netflix e em outros serviços de vídeos via internet, como o Prime Instant Video, da Amazon.

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A mudança que a internet trouxe para o consumo de músicas e de textos finalmente alcançou o mercado audiovisual. As conexões de banda larga (mesmo as nossas) têm capacidade suficiente para sustentar o consumo de programas de TV e filmes em tempo real. A oferta nesse mercado já está madura, com serviços por assinatura, como o Netflix, e baseados em publicidade, como o YouTube.

Segundo um estudo da Cisco, fabricante americana de equipamentos de redes, o vídeo será responsável por 79% de todo o tráfego de internet de consumidores em 2018. No ano passado, foram 66%. Esses números não incluem sistemas de troca de arquivos, como o BitTorrent. Somando todas as suas formas, o vídeo deve se tornar responsável por 80% a 90% do tráfego total de internet em 2018.

O formato de televisão a que estávamos acostumados, com canais e grade de programação, surgiu por causa de uma limitação técnica. A TV aberta usa um canal de 6 mega-hertz (MHz) para transmitir o seu sinal. Essa capacidade equivale a pouco mais de 19 megabits por segundo (Mbps). É bem pouco, se levarmos em conta as conexões de banda larga que existem hoje. Quem tem pacotes mais parrudos, de 30 Mbps, por exemplo, recebe exclusivamente para sua casa uma conexão equivalente a mais de 150% do que uma emissora de TV usa para se comunicar com milhões de pessoas.

Recentemente, o YouTube lançou no Brasil uma campanha com comerciais de TV, veículos impressos, anúncios em pontos de ônibus e relógios de rua, entre outros. Além disso, a empresa de vídeos do Google anunciou a criação de um estúdio no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, que pode ser usado gratuitamente por quem tenha mais de mil assinantes em seu canal do YouTube.

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O presidente da HBO, Richard Pepler, afirmou na semana passada que planeja conquistar de 10 milhões a 15 milhões dos chamados "cord-cutters" com o lançamento da assinatura avulsa do HBO Go, serviço de vídeo pela internet. "Cord-cutters" são americanos que não assinam TV a cabo, e assistem a vídeos online. Quando começou a produzir conteúdo exclusivo, como a série House of Cards, um executivo da Netflix disse que o objetivo era virar a HBO antes que a HBO virasse a Netflix.

A Nielsen divulgou alguns números interessantes sobre o mercado americano. Quarenta por cento das residências assinavam algum serviço de vídeo via internet em setembro, comparados a 34% em janeiro. No terceiro trimestre, a audiência da TV caiu 8% entre espectadores de 18 a 49 anos.

Acordo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) assinou um acordo com o Conselho de Competitividade dos Estados Unidos (CoC, na sigla em inglês).  Criado em 1986, o CoC é uma organização não governamental apartidária, formada por presidentes de empresas, reitores de universidades, líderes da sociedade civil e diretores de laboratórios dos EUA. Com prazo de cinco anos, o acordo tem por objetivo promover a inovação, o empreendedorismo e a competitividade.

Escolas

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O engenheiro e consultor Valter Pieracciani lançou A verdadeira mágica (Editora Canal Certo), um livro infantil para incentivar a inovação. Os primeiros seis mil exemplares foram distribuídos para escolas públicas e organizações não governamentais. A versão eletrônica pode ser baixada gratuitamente no site www.averdadeiramagica.com.br.

No Estado de hoje ("TV sob demanda", p. B8).

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