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Celulares melhores

Por Renato Cruz
Atualização:
Roberto Soboll, da Samsung, fala sobre a demanda por celulares mais sofisticados Foto: Estadão

O consumidor brasileiro tem comprado celulares mais sofisticados. As vendas de aparelhos começaram a cair no trimestre passado, mas a queda aconteceu principalmente entre os modelos mais baratos. Atividades que eram feitas no computador e no tablet têm migrado para o celular, o que faz com que as pessoas busquem modelos com configuração melhor.

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Segundo Roberto Soboll, diretor de produtos da Samsung, a chamada categoria "premium", de celulares que custam mais de R$ 1,5 mil, dobrou no ano passado. Os aparelhos com preço maior que R$ 1 mil ficaram com uma fatia de 30%. Apesar da crise, a tendência de o consumidor buscar celulares mais sofisticados se manteve neste ano.

"O mercado 'low end' (de celulares baratos) entrou em colapso", diz Soboll. "Hoje, as compras estão muito concentradas em aparelhos de R$ 800." Muitos consumidores de renda mais baixa já estão trocando de smartphone, comprando pela segunda vez. Por isso, têm uma ideia mais clara do que seria a configuração mínima para ter uma boa experiência de uso.

O diretor da Samsung aponta que as pessoas têm procurado telas de cerca de 5 polegadas, câmeras de pelo menos 8 megapixels e processadores de quatro núcleos (quadcore) ou mais. Quem não tem dinheiro para comprar vários dispositivos, acaba optando por um celular de boa configuração que substitui PC e tablet.

A tendência de crescimento dos smartphones mais caros é confirmada pelo presidente da presidente da Sony Mobile no Brasil, Ricardo Junqueira. Segundo ele, o segmento de aparelhos com preço a partir de R$ 1 mil cresceu 29% no Brasil durante o primeiro semestre. A Sony Mobile resolveu concentrar esforços na fatia dos aparelhos "premium". "O consumidor foca muito em câmera, bateria e design", diz Junqueira.

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Fabricantes com marcas reconhecidas, como Sony e Samsung, enfrentam o desafio de fazer frente a aparelhos chineses e taiwaneses que chegam ao País a preços mais baixos. E a concorrência não para por aí. Na semana passada, a brasileira Positivo lançou uma nova marca de celulares, chamada Quantum, com tela de 5 polegadas, processador de oito núcleos (octacore), câmera de 13 megapixels e preços abaixo de R$ 1 mil.

Os aparelhos de todos esses fabricantes rodam o sistema operacional Android, do Google. Com o avanço tecnológico, os smartphones mais baratos começam a ter configurações boas, e os mais sofisticados são obrigados a se diferenciar por características como design e câmeras poderosas.

No ano que vem, haverá um desafio maior. O governo cancelou os benefícios tributários aos bens de informática, que incluem smartphones. A alíquota do PIS e da Cofins vai subir de zero para 9,25% no varejo. O celular vai ficar mais caro para todo mundo.

Resolução

A televisão de ultra alta definição (UHD, na sigla em inglês) deve se tornar um mercado de massa na próxima década, segundo Rodrigo Campos, diretor geral da Eutelsat do Brasil. Em 2020, deve haver 200 canais em UHD no mundo, e 100 milhões de televisores. Em 2025, a previsão é de 1 mil canais e mais de 500 milhões de TVs. O formato UHD inclui a resolução de 4K (quatro vezes a alta definição) e 8K (16 vezes a alta definição). Ainda não existem canais UHD no Brasil.

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Acordo

A francesa Axway fechou uma parceria com a brasileira Nexxera em rastreabilidade de medicamentos. Com o acordo, o serviço Track & Trace da Axway passará a se conectar ao sistema de comunicação da Nexxera, tornando-se disponível a mais de 400 mil médicos, 95 mil farmácias e 16 mil hospitais no Brasil. A ferramenta combate a falsificação de remédios.

No Estado de hoje ("Celulares melhores", p, B10).

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