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TERÇA-FEIRA: Veja as principais notícias da guerra da Líbia do dia 30 de agosto

 

Por João Coscelli
Atualização:

Acompanhe pelo Radar Global as principais informações da guerra na Líbia, que tomou outro rumo com a entrada dos rebeldes em Trípoli, capital e sede do quartel-general do ditador Muamar Kadafi. Após uma semana de combates, Trípoli caiu nas mãos da oposição, que já organiza um novo governo e agora avança em direção a Sirte, um dos últimos redutos da resistência. O paradeiro do coronel, que jurou lutar até a morte e convocou partidários a defender o regime, porém, ainda é desconhecido. Os jornalistas Andrei Netto e Lourival Sant'Anna, enviados especiais do estadão.com.br e do jornal O Estado de S. Paulo, estão no país africano.

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Veja também: TWITTER: Leia e siga nossos enviados à regiãoOPINE: Onde se esconde Muamar Kadafi? CHACRA: Há mentirosos entre a oposição na Líbia ESPECIAL: Quatro décadas de ditadura na LíbiaRADAR GLOBAL: Os mil e um nomes de KadafiARQUIVO: 'Os líbios deveriam chorar', dizia KadafiVISÃO GLOBAL: A insustentável situação de KadafiO HORÁRIO em Trípoli

21h35 - Um resumo das principais notícias do dia na Líbia:

- Segundo enviado especial da ONU, rebeldes rejeitarão envio de forças de paz ou observadores à Líbia futuramente.

- A ONU autorizou a Grã-Bretanha a liberar cerca de US$ 1,6 bilhão em ativos líbios para a compra de ajuda humanitária.

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- Aisha Kadafi, filha do ditador que fugiu para a Argélia, deu à luz uma menina. O governo argelino defendeu sua iniciativa de abrigar os familiares do coronel, mas afirmou que o entregaria ao Tribunal Penal Internacional se ele entrasse no país.

- ONU denunciou que milhares de prisioneiros das tropas de Kadafi teriam desaparecido durante a guerra na Líbia. Os rebeldes também disseram que cerca de 50 mil pessoas morreram desde o início da revolução.

- Kadafi teria deixado Trípoli e fugido para uma cidade no meio do deserto no sul da Líbia, segundo um guarda-costas de Khamis, filho do ditador.

21h18 - No vídeo abaixo, imagens de como Trípoli começa a voltar à normalidade.

20h56 - Um dos repórteres do canal Al-Jazira na Líbia conversou com um dirigente do Conselho Nacional de Transição em Trípoli e o rebelde disse-lhe que Saadi Kadafi, um dos filhos do ditador, planeja se entregar.

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"Temos informações de inteligência que nos permite encontrar Kadafi e seus aliados, aqueles que representam os pilares do regime. Sabemos com certeza onde alguns estão, e temos informações não confirmadas sobre o paradeiro de Kadafi", disse o comandante militar Abdelhakim Belhaj.

"Conversei com o filho de Kadafi, Saadi, e ele me pediu para fazer parte da revolução, garantias para voltar para seu povo e para a capital. Ele deu dicas sobre onde está, e entraremos em contato com ele para tratar do assunto", concluiu.

 

20h17 - O responsável da ONU pelo planejamento da Líbia pós-conflito disse que o Conselho Nacional de Transição rejeita a ideia do envio de qualquer força de paz ou observadores internacionais ao país. "Está claro que eles querem evitar isso", disse o diplomata Ian Martin.

Mais cedo, Mustafa Abdel-Jalil, chefe do órgão governamental dos rebeldes, afirmou que a Líbia não precisará de ajuda externa para manter a segurança.

19h02 - A Otan informou ter conduzido 120 sobrevoos na Líbia na segunda-feira, sendo 42 destes operações de ataque.

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Perto de Sirte, foram atingidos três postos de controle, quatro radares, um sistema de mísseis terra-ar, 22 veículos armados, dois veículos militares, um posto de comando, um sistema de mísseis antiaéreos e uma instalação militar.

Na região de Bani Walid, os alvos foram dois postos de comando e um centro de armazenamento de munição.

Na área de Hun, os aviões atacaram cinco artilharias antiaéreas, um lançados de foguetes, um radar e um canhão antiaéreo.

Desde que a Otan tomou o comando das missões na Líbia, em 31 de março, foram conduzidos 20.751 sobrevoos, incluindo 7.848 bombardeios. Entre os membros da aliança participantes das operações estão França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá, Dinamarca, Bélgica e Estados Unidos.

18h39 - A Médicos Sem Fronteiras afirmou que centenas de imigrantes e refugiados africanos escondidos em acampamentos perto de Trípoli necessitam de ajuda médica urgente.

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"Muitas dessas pessoas já fugiram de seus países de origem, como a Somália, o Sudão e outros países africanos. Alguns vieram para esses acampamentos procurando um modo de chegar à Europa de barco. Agora eles estão presos sem ter para onde ir", afirmou um porta-voz da entidade.

 

18h13 - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou os levantes no mundo árabe em seu discurso de votos pelo fim do ramadã. Segundo ele, os americanos estarão "ao lado da dignidade e dos direitos de todas as pessoas, seja uma criança faminta no Chifre da África ou um jovem exigindo liberdade do Oriente Médio e no norte da África".

18h00 - O Conselho Nacional de Transição já está se mobilizando para restabelecer a vida normal em Trípoli. Na próxima semana, os rebeldes querem normalizar o bombeamento de petróleo e gás e, nas próximas 24 horas, restabelecer o abastecimento de água na capital.

"Nossa principal preocupação é retomar a vida cotidiana. Já houve melhoras em questões como água, energia elétrica e remédios e há um plano para recuperar o fluxo de combustível", assinalou Ali Tarhouni, ministro das Finanças e do Petróleo dos rebeldes.

17h40 - Cenas da Líbia. Com o restabelecimento dos serviços bancários, milhares de pessoas correram às agências de Trípoli para receber pagamentos e cuidar de assuntos financeiros.

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17h22 - A Otan acredita que Kadafi ainda controla parte de suas tropas e das armas do governo líbio e que os seguidores do coronel recuam de maneira organizada às posições mais favoráveis diante dos ataques dos rebeldes.

Segundo o porta-voz da missão da Otan na Líbia, o coronel Roland Lavoie, "a ameaça continua". "Kadafi demonstrou repetidamente que é agressivo e que não tem a intenção de retirar-se com calma e acabar com as hostilidades", julgou.

A Otan ainda informou que considera a manutenção da missão na Líbia necessária até que a população civil do país não esteja mais ameaçada pelas forças do ditador.

17h09 - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos enviará mais de US$ 25 milhões em equipamentos militares, pequenas embarcações e outros itens para Tunísia e Malta, duas nações próximas da Líbia e aliadas dos americanos na região.

A ajuda faz parte de um pacote de US$ 44 milhões previsto pelo Pentágono, também destinado ao fortalecimento da democracia tunisiana. A Tunísia foi o primeiro país a ver um ditador cair após a revolta popular - Zine Abidine Ben Ali foi deposto em janeiro depois de 14 anos no poder.

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16h57 - A Grã-Bretanha anunciou há pouco que a ONU aprovou a liberação de aproximadamente US$ 1,6 bilhão de ativos do governo líbio para os rebeldes. William Hague, secretário de Exteriores britânico, aprovou a decisão e a considerou "um grande passo para atender as necessidades do povo líbio".

Segundo ele, a liberação dos fundos "ajudará a atender as demandas humanitárias urgentes, retomar a confiança no setor bancário, pagar salários de funcionários públicos e estimular a liquidez da economia".

Os ativos estavam bloqueados sob controle do governo britânico por decisão do Conselho de Segurança da ONU.

16h15 - A Eslováquia é o mais novo país a reconhecer os rebeldes líbios como os legítimos governantes da Líbia.

15h36 - Cenas da Líbia. Piscina na casa de Kadafi em Abu Grein. Rebeldes tem descoberto itens de luxo nas propriedades invadidas do ditador.

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15h18 - Em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, o ministro de Exteriores da França, Alain Juppe, afirmou que seu país crê que a União Europeia deva enviar observadores à Líbia para ajudar o país africano a se recuperar da guerra civil.

O argumento do governo francês é de que "o Conselho Nacional de Transição ainda é jovem e há tensões internas", disse Juppe, sem citar motivos militares. "Nós fizemos nosso papel, agora é a vez dos outros", disse o chanceler, referindo-se à participação de outros países europeus na composição da missão

15h01 - O Programa Mundial de Alimentos da ONU anunciou que enviará 250 mil toneladas de gasolina ao Conselho Nacional de Transição, o que "cobriria as necessidades humanitárias imediatas por um mês". O comunicado do órgão especifica que o combustível será usado em geradores de hospitais e em veículos que levarão alimentos e remédios para a população.

14h44 - Ali Tarhouni, um dos ministros do Conselho Nacional de Transição, disse que os rebeldes têm "uma boa ideia" de onde Kadafi está se escondendo e "não têm dúvida alguma" de que o ditador será capturado. O dirigente, porém, não deu mais detalhes.

14h28 - Ante as informações - verdadeiras ou não - de que Kadafi poderia estar rumando para a Argélia, a exemplo do que fez parte de sua família, o governo argelino afirmou que entregaria o ditador ao Tribunal Penal Internacional caso ele entrasse no país. A Argélia ainda afirmou que fecharia parte de sua fronteira com a Líbia por conta da "precária situação" da região.

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14h00 - Cenas da Líbia. Rebeldes se divertem na cama de Kadafi em uma das casas do ditador tomadas em Abu Grein, perto de Sirte.

 

12h15 - A filha de Muamar Kadafi, Aisha, deu à luz uma menina hoje, na Argélia, segundo um funcionário do Ministério argelino da Saúde, que acrescentou que o parto aconteceu na capital do país, Argel. O Ministério de Relações Exteriores confirmou que a mulher de Kadafi, Safiya, seu filhos Hannibal e Mohammed, e sua filha Aisha entraram no país pelo sul, a partir da fronteira com a Líbia, na segunda-feira. Segundo meios de comunicação argelinos, a gravidez de Aisha foi uma das razões pelas quais o governo concordou em receber a família no país.

11h50 - Kadafi segue no comando de tropas que continuam travando confrontos com rebeldes, que já controlam a maior parte da Líbia, indicou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Roland Lavoie, hoje. "Ele demonstra estar em condições de exercer certo nível de comando e controle", afirmou à AFP. "Os partidário de Kadafi não estão em plena debandada. Apenas retrocederam para uma posição não tão ruim", ressaltou. Lavoie informou que a Otan ainda não sabe o paradeiro de Kadafi.

Os rebeldes líbios lançaram hoje um ultimato para que os combatentes de Kadafi se rendem antes do sábado. Eles continuam tentando conquistar Sirte, o último bastião do ditador.11h - A ONU denunciou hoje que milhares de prisioneiros detidos pelas forças de Kadafi na Líbia estariam desaparecidos e que a recente descoberta de covas provoca temor por seu paradeiro. O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, indicou que não é possível comprovar nenhum número - como o de 50 mil, divulgado pelos rebeldes -, mas confirmou que "é grande" a quantidade de pessoas desaparecidas. Na segunda-feira, mais de 50 corpos foram encontrados em um depósito na capital da Líbia, Trípoli, atrás da sede da temida Brigada Kamis, uma unidade especial do Exército líbio.

10h10 - O guarda-costas de um dos filhos de Muamar Kadafi afirmou que o líder deposto deixou Trípoli na sexta-feira e seguiu para a cidade desértica de Sabha, no sul, divulgou a Sky News. Segundo o guarda-costas de Khamis, cuja identidade não foi revelada, por volta de 13h30 de sexta-feira (horário local, 8h30 em Brasília), Kadafi teria se reunido com o filho em um complexo da capital que estava sob forte tiroteio no momento.

9h50 - A Otan afirmou nesta terça-feira, 30, que continuará sua missão na Líbia. Segundo o porta-voz Oana Lungescu, a atuação na Líbia ainda é necessária por conta da ameaça das forças de Muamar Kadafi contra a população. "A missão ainda é necessária para proteger os civis", declarou o porta-voz. A resolução 1973 aprovada em março autorizava incursão da Otan na Líbia "para proteger a população civil" da repressão do regime de Kadafi.

9h09 - Cenas de Trípoli. Líbios fazem o sinal da vitória e exibem a bandeira pré-Kadafi em uma manifestação contra o ditador na Praça Verde, rebatizada pelos rebeldes de "Praça dos Mártires", em Trípoli. A foto foi tirada na manhã desta terça-feira (horário local, 5 horas à frente do horário de Brasília).

7h43 - A Argélia, cujo chanceler disse ontem que a esposa e três filhos de Kadafi estariam no país, defendeu hoje a decisão de recebê-los, o que irritou os rebeldes. Para os insurgentes, o acolhimento é "um ato de agressão contra o povo líbio". O representante de Argel na ONU, Mourad Benmehidi, disse que existe na região uma "regra sagrada de hospitalidade". O governo argelino diz que decidiu abrigar os parentes do ditador por "razões humanitárias".

6h50 - Aviões da Otan voltaram a atacar Sirte, em mais uma investida contra o reduto de Kadafi. Na ação, de acordo com a aliança militar, armamento e veículos de tropas ainda leais ao ditador foram atingidos.

2h12 - As tropas leais ao ditador da Líbia, Muamar Kadafi, usaram civis como escudos durante os combates com os rebeldes, afirmam ativistas dos direitos humanos. Segundo a AP, as práticas ainda incluem séries de estupros, massacres, sequestros e outros crimes de guerra cometidos pelos militares do coronel.

00h15 - Veja mais imagens sobre a preparação dos rebeldes para investir contra Sirte, a cidade natal de Kadafi e um dos últimos redutos da resistência do ditador.

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