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'Selfies' para substituir os 'cadeados do amor' em Paris

Proposta foi apresentada após parte da grade da Pont dês Arts cair em razão do peso dos cadeados

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Por redacaointer
Atualização:

PARIS - A Prefeitura de Paris colocou em andamento nesta segunda-feira, 11, uma iniciativa para substituir por os "cadeados do amor" que os turistas colocam nas pontes e em mais de uma ocasião ameaçaram a estrutura com seu peso por selfies.

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Os autorretratos podem ser publicados no Twitter com a hashtag #lovewithoutlocks, deixando claro aos usuários que as pontes parisianas "não podem resistir a tanto amor".

Adesivos foram colocados nas pontes nesta segunda para incentivar os casais a tirar uma foto para imortalizar seu amor na internet e iniciar um novo costume. Nas primeiras horas, a iniciativa contou com dezenas de adeptos.

A Pont dês Arts, que cruza o rio Sena para unir o Museu do Louvre e a Academia Francesa, com 155 metros, é a mais conhecida por suportar o peso dos cadeados, mas a Pont de l'Archevêché e a passarela Léopold-Sédar-Senghor também costumam ser enfeitadas com os objetos.

Após um período, a Prefeitura é obrigada a retirar os cadeados para não pôr em perigo a estabilidade da estrutura da ponte, por onde milhares de pessoas passam a cada dia. Não se sabe exatamente como começaou essa tradição, que parece vir da Europa do leste e chegou em Paris em 2008.

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A publicação de "Ho voglia di te" (Tenho vontade de ti), romance do italiano Federico Moccia cujos personagens colocavam um cadeado na "Ponte Milvio" de Roma, intensificou a tradição que não cessou desde então.

O criador da proposta de substituir os cadeados por fotos foi o vereador de Cultura, Bruno Julliard. Após a queda de 2,4 metros da grade da Pont dês Arts em junho, em razão do peso dos cadeados, o vereador recebeu a incumbência da prefeita, Anne Hidalgo, de encontrar uma solução para o problema.

A proposta das autoridades locais, segundo os meios de comunicação franceses, vai além e estuda a longo prazo poder mudar as atuais grades por instalações que não permitam pendurar os cadeados nelas. / EFE

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