Hosni Mubarak, presidente do Egito desde 1981
Mubarak assumiu o poder após o assassinato de Anwar Sadat, então presidente e de quem era vice. O ditador teve o apoio dos EUA durante todo o seu mandato e agora é o principal alvo dos protestos. Até o momento, Mubarak só foi a público duas vezez. Em uma delas, anunciou que não vai disputar as eleições de setembro e que durante o resto do tempo que ficará no poder, atenderá às reivindicações da população.
Mohammed ElBaradei, opositor e Nobel da Paz
Ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2005, ElBaradei é uma das principais vozes de oposição a Mubarak. O opositor tem participado ativamente das manifestações e recebeu o apoio de movimentos da oposição. Ele repetidamente pediu a renúncia imediata do presidente e já disse que pode liderar o Egito durante o período de transição se assim o for solicitado.
Omar Suleiman, ex-chefe de inteligência e atual vice-presidente
Suleiman foi nomeado vice-presidente por Mubarak em meio à crise - o primeiro a ocupar o cargo em 30 anos. Antes de ocupar o posto, ele chefiava a agência de inteligência do país e é conhecido como um aliado bastante próximo de Mubarak. Suleiman tem pedido o fim dos protestos e já convidou a Irmandade Muçulmana, principal bloco opositor, para o diálogo.
Irmandade Muçulmana, principal bloco opositor
A Irmandade Muçulmana é o maior bloco de oposição ao governo de Mubarak. Até agora, o bloco declarou apoio aos protestos e a ElBaradei e convocou seus partidários para as manifestações. O grupo sunita atua na ilegalidade, seus membros se candidatam como independentes e, embora seja fundamentalista, abdicou da violência armada.
Ahmed Shafik, novo primeiro-ministro
Shafik era o ministro da Aviação Civil e, durante os protestos, foi nomeado por Mubarak como o novo primeiro-ministro após o gabinete apresentar renúncia. O militar foi incumbido de formar o novo governo egípcio. Shafik pediu desculpas pela violência causada pela entrada dos partidários de Mubarak nas manifestações.
Gamal Mubarak, filho de Mubarak e dirigente partidário
Filho mais novo do presidente, Gamal é vice-secretário-geral do Partido Nacional Democrático e potencial sucessor de seu pai, pelo menos até o início dos protestos. Durante sua breve vida política, Gamal tem seguido os passos de seu pai, o que teria despertado a insatisfação da população com os boatos sobre a sucessão. Ele vive em Londres, onde esteve durante os protestos.
Amr Moussa, chefe da Liga Árabe
Secretário-geral da Liga Árabe desde 2001 e ex-ministro das Relações Exteriores egípcio. É um dos possíveis candidatos à presidência. Não se manifestou abertamente contra Mubarak, mas disse que espera reformas políticas por parte do governo do Egito.
Barack Obama, presidente dos EUA
Obama tem mantido uma postura cautelosa em relação à crise no Egito. Assim como seus antecessores, manteve o país como um aliado no Oriente Médio, mas a situação tornou-se insustentável após os protestos. Os americanos não disseram explicitamente que Mubarak deve sair do poder, mas pressionam por reformas o mais cedo possível. A intervenção de Washington pode ser decisiva no futuro do Egito.
Wael Ghonim, organizador dos protestos
Ativista e executivo do Google no Egito, Ghonim foi o criador da página no Facebook que convocava os egípcios a protestar contra o governo a partir de 25 de janeiro. Ele foi preso no início dos protestos e libertado após quase duas semanas, no dia 7 de fevereiro. No dia seguinte, uma entrevista em que se emocionou dada a um canal local e um discurso estimulante na Praça Tahrir deu ânimo aos protestos.