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Os cenários para a crise no Egito

O editor de Oriente Médio do jornal britânico The Guardian, Ian Black, publicou uma análise sobre o que pode acontecer de agora em diante no Egito. O país enfrenta o 11º dia de protestos pela renúncia do presidente Hosni Mubarak. O egípcio diz que só sai após as eleições de setembro, mas os EUA e a União Europeia têm aumentado a pressão para que ele saia agora.

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Por Luiz Raatz
Atualização:

Os cenários são:

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Saída negociada: O governo Obama vence a queda de braço e Mubarak concorda em entregar o poder para um governo de transição chefiado pelo vice Omar Suleiman. Seu substituto daria início a reformas constitucionais e legislativas que abririam caminho para eleições legislativas e presidenciais. Mubarak seria convencido de que precisaria de uma licença médica, seguida por um longo período de descanso em sua residência no resort de Sharm el-Sheikh.

Protestos perdem força: O governo do Egito joga com o argumento da estabilidade. Defende que uma transição ordenada já está em curso, mas que as mudanças demandarão tempo, e que a saída de Mubarak pioraria a situação. Mubarak poderia apelar ainda para questões regionais, como o acordo de paz com Israel e o controle da fronteira com a Faixa de Gaza. 

A violência aumenta: Uma escalada de violência leva os EUA a suspender a ajuda de US$ 1,3 bilhão ao país, o que pode irritar a cúpula militar. Os americanos podem também aumentar os protestos contra violações de direitos humanos no país, isolando Mubarak ainda mais. 

Impasse: Os protestos continuam , sem violência nem a saída de Mubarak. O diálogo com a oposição ganha força enquanto os manifestantes, sem uma liderança definida, sofrem uma desagregação. As negociações tornam-se complexas e se arrastam-se até setembro.

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