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Ex-companheira de Hollande escreve livro de memórias

Aliados do presidente francês correram para conter qualquer potencial dano à imagem dele

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Por redacaointer
Atualização:

PARIS - A ex-companheira do presidente francês, François Hollande, escreveu um livro de memórias dizendo que, meses após a separação pública do casal, Hollande estava tentando reconquistá-la com flores, jantares, convites e muitas mensagens de texto.

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Os aliados de Hollande se apressaram para conter qualquer potencial dano ao presidente, o mais impopular da história da França no pós-guerra e luta para reavivar uma economia afetada pelo desemprego, atualmente em mais de 10%, perto de níveis recordes.

Valérie Trierweiler, uma jornalista da revista de celebridades Paris Match, viveu com Hollande no palácio presidencial por um ano e meio, até que uma revista de fofocas expôs o relacionamento secreto dele com a atriz Julie Gayet, de 42 anos, em janeiro.

Após o rompimento com o presidente, Valérie, de 49 anos, concedeu entrevistas e manteve uma coluna literária semanal.

O livro de 320 páginas - escrito em segredo e que deve ser lançado na quinta-feira - descreve episódios ainda desconhecidos, entre eles como Hollande rasgou um saquinho com calmantes que estava nas mãos da jornalista quando ela tentou engolir diversos comprimidos durante a separação, de acordo com trechos publicados pela Paris Match.

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"A notícia sobre Julie Gayet estava no noticiário da manhã", diz um trecho do livro, intitulado "Merci pour ce Moment" (Obrigado por este Momento). "Eu corri para o banheiro. Peguei essa sacola de plástico com os calmantes. François me segue. Ele tenta rasgar a sacola, pega a sacola e rasga. Eu consigo juntar algumas delas. Eu quero dormir, eu não quero viver nas próximas horas". Ela foi brevemente hospitalizada à época.

Olivier Royant, editor-chefe da Paris Match, disse à rede BFMTV que Hollande soube do livro apenas na terça-feira 2. O gabinete presidencial não fez comentários de imediato sobre o assunto.

O ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, um amigo de Hollande, disse que o país tinha assuntos mais importantes para tratar do que a vida privada do presidente. "Temos assuntos mais sérios", disse ele ao iTele. "Não temos muito tempo, então não podemos ficar para trás."

Mas, questionado se o cargo presidencial havia mudado Hollande, como Valérie afirma no livro, Le Foll acrescentou: "É verdade que o papel presidencial é um fardo, uma responsabilidade perante os franceses, o que tem um peso excepcional. Tudo isso afeta um homem." / REUTERS

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