PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

O blog da Internacional do Estadão

Atriz iraniana é presa e condenada a 90 chibatadas

A atriz iraniana Marzieh Vafamehr: participação em filme crítico a Teerã rendeu a ela 90 chibatadas

Por redacaointer
Atualização:

A oposição iraniana denunciou nesta segunda-feira, 10, a prisão da atriz Marzieh Vafamehr. Segundo o site oposicionista Kalameh, ela foi condenada a um ano de detenção e 90 chibatadas. Os dissidentes dizem que sua participação no filme "Minha Teerã à venda" - crítico à linha dura iraniana - motivou a punição.

PUBLICIDADE

Veja também: Ocidente se omite sobre direitos humanos no Irã, diz Mina AhadiJovens se arriscam para participar de festas mistas no Irã ESPECIAL: As punições da Sharia, a Lei Islâmica ENTENDA: As origens do sistema jurídico do Islã

O advogado da atriz recorreu à sentença. Mulher do também cineasta Nasar Taghvai, Marzieh tinha sido detida no final de junho por participar do filme e libertada após pagar fiança.

Segundo o marido da atriz, a obra tinha sido autorizado pelo ministério da Cultura e Orientação Islâmica do Irã. Outras pessoas foram presas na ocasião, mas só ela foi processada. Ainda de acordo com Taghvai, Marzieh está detida no presídio de Garchak, que não conta com condições mínimas de higiene.

"Minha Teerã à venda" foi produzido há quatro anos e dirigido pela cineasta Granaz Moussavi, uma cidadã iraniana residente na Austrália, para sua tese universitária. Custeado pela produtora australiana Cyan Films, chegou ao Irã clandestinamente e passou a ser vendido no mercado negro. Segundo Taghvai, as cópias custam de US$ 1 a US$ 6 nas bancas piratas de Teerã.

Publicidade

[kml_flashembed movie="http://www.youtube.com/v/47sEhwrq73E" width="425" height="350" wmode="transparent" /]

A obra conta a história de uma jovem atriz proibida pelas autoridades islâmicas de atuar. Ela então parte para uma vida clandestina para poder se expressar artisticamente. Ao conhecer um iraniano que vive na Austrália em uma festa rave, ela vislumbra a possibilidade de deixar o país.

O filme foi premiado no Festival de Adelaide, em 2009, e selecionado para o de Toronto, no mesmo ano, mas sua exibição está proibida no Irã. AP e Efe

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.