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Assange: Conheça outros casos de asilados em embaixadas

Por Bruna Ribeiro

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Por redacaointer
Atualização:

SÃO PAULO - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está asilado na embaixada do Equador, em Londres, desde o dia 19 de junho. Até a quinta-feira, ele aguardava a resposta do país sobre a concessão de asilo político. Decisão tomada, Assange poderá se refugiar no país, mas, para que possa sair da Inglaterra, precisa de um salvo-conduto de Londres.

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A autorização permitiria que ele transitasse pelo território britânico entre a Embaixada e o aeroporto sem ser preso pelas autoridades britânicas. Mas o chanceler William Hague disse que se recusa a oferecer tal benefício a Assange. Dessa forma, não há previsão para a saída do fundador do WikiLeaks da Embaixada. Casos parecidos ocorreram no passado. Confira alguns abaixo e leia histórias relacionadas no Acervo Estadão.

Quinze anos na Embaixada. Possivelmente o caso mais longo de um dissidente abrigado em uma embaixada foi o do cardeal católico húngaro Jozsef Mindszenty. Ele passou 15 anos sob proteção da Embaixada dos EUA em Budapeste, de 1956 a 1971.

'Bombardeio' musical. O líder do Panamá Manuel Noriega se refugiou na Embaixada do Vaticano em dezembro de 1989, quando seu país foi invadido pelos EUA. As forças americanas "bombardearam" Noriega com música ininterrupta no volume máximo, até que ele não aguentou mais, saiu do prédio e foi preso.

Asilo e bolsa de estudos. O astrofísico chinês Fang Lizhi, crítico do governo de seu país, se refugiou na Embaixada dos EUA em Pequim em 1989, quando as autoridades chinesas lançavam os ataques contra os protestos da Praça da Paz Celestial. Ele permaneceu por mais de um ano do local, de onde saiu após um acordo, pelo qual recebeu uma bolsa de estudos na Universidade de Cambridge. Depois, mudou-se para os EUA, onde permaneceu até sua morte, em abril deste ano.

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Do refúgio ao governo. O então líder da oposição do Zimbábue Morgan Tsvangirai se refugiou na Embaixada da Holanda em Harare em junho de 2008. Em 2009, foi nomeado primeiro-ministro, em um governo de coalizão.

Exílio e embaixada. Após ter sido preso e expulso do país, enviado à Costa Rica em junho de 2009, o presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya voltou escondido à capital, Tegucigalpa, em setembro daquele ano e se refugiou na Embaixada do Brasil. Ele permaneceu quatro meses no local, até o término de seu mandato, em janeiro de 2010. Depois, partiu para o exílio na República Dominicana.

Fuga de prisão domiciliar. Em abril deste ano, o dissidente cego chinês Chen Guangcheng escapou da prisão domiciliar e se refugiou na Embaixada dos EUA em Pequim. Ele permaneceu na missão diplomática por uma semana, até que deixou o local para se internar em um hospital. Em maio, ele, a mulher e os dois filhos deixaram a China rumo aos EUA.

Na Embaixada do Brasil. O senador boliviano de oposição Roger Pinto Molina está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz desde 28 de maio deste ano. No início de junho, ele recebeu asilo político do Brasil, mas ainda aguarda salvo-conduto das autoridades bolivianas para poder deixar o país.

Com informações da BBC Brasil

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