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Correspondente na China comenta clima no país às vésperas de transição política

SÃO PAULO - A correspondente do Estado em Pequim, Claudia Trevisan, comenta o clima político no país às vésperas do congresso do Partido Comunista, que definirá a partir da próxima semana a mais ampla mudança na cúpula de poder em uma década. Assista ao vídeo abaixo, que foi transmitido ao vivo pela ferramenta Hangout, do Google.

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Por redacaointer
Atualização:

Segunda maior economia do mundo, a China enfrenta enormes desafios enquanto o PC define seus novos dirigentes para os próximos 10 anos. Questões como a censura e a falta de liberdade de escolha política no país se contrapõem a cifras como os 400 milhões de chineses que deixaram a pobreza nos últimos anos ou o salto econômico do país, que em 2002 era a 6ª economia do mundo. Com 82 milhões de integrantes, o PC chinês luta para encontrar legitimidade dentro de uma população de 1,3 bilhão de pessoas.

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O Partido se envolveu em uma série de escândalos em 2012, ano que, como escreveu a correspondente do Estado, os líderes chineses gostariam de esquecer. O Congresso, a partir do dia 8, vai reunir 2.270 delegados do Partido e deve durar uma semana. As autoridades adotaram medidas extremas de segurança para evitar críticas ou manifestações que tumultuem o congresso. Segundo a correspondente, prisão domiciliar foi imposta a vários dissidentes, enquanto outros receberam ordens para deixar Pequim e só voltar à capital depois do encerramento do encontro.

Em uma inovação em relação aos eventos anteriores, os motoristas de táxis foram orientados a circular com portas travadas e janelas fechadas. Para isso, tiveram de remover as manivelas que sobem e descem os vidros para evitar que eventuais opositores do regime joguem nas ruas folhetos com críticas ao partido ou ao governo. Os taxistas também receberam ordens de não trafegar em áreas de "importância política", a mais óbvia das quais é a Praça Tiananmen, sede do Grande Palácio do Povo, onde o congresso será realizado.

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