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Opinião|'Respeito é essencial para trabalhar com gente'

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"Sem horas de trabalho, sem sola de sapato e fundilho de calça gastos, ninguém chega a lugar algum. E a preparação é extremamente importante. Comecei minha carreira aos 23 anos de idade e hoje tenho 43, então são 20 anos de chão, de trabalho, fora a formação. " Essa postura, mais o respeito pelas pessoas e um comportamento ético formam a receita de Lásaro do Carmo Jr, CEO da Jequiti Cosméticos e vice-presidente do Grupo Silvio Santos, define como passos importante para crescer na carreira. A dele começou na indústria farmacêutica, onde foi preparado para se tornar líder. "Quando fui para a Natura, já estava mais bem preparado, estava sênior", conta. Na Jequiti, participou, em 2008, do relançamento da empresa de beleza que atua no ramo porta a porta. Segundo ele, a companhia faz produto de qualidade com preço justo. A seguir, trechos da entrevista.

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Você se formou em história? Sim. E, depois, eu entrei na Sanofi (indústria farmacêutica de origem francesa). Para o pessoal de lá, um CEO formado em história era o máximo. A empresa me pagou um montão de cursos. Fiz MBA em marketing pela Fundação Getúlio Vargas, marketing estratégico na Wharton Business School, nos EUA, e depois, gestão estratégica para dirigentes no Insead, na França. Na época que eu entrei na Sanofi, eu pensei em cursar administração de empresas, mas o diretor de RH na época foi contra. Ele disse: 'Vamos formar seu lado técnico. Para o topo da pirâmide, queremos gente culturalmente preparada; que entenda de gente.E sua maior habilidade vai ser entender de gente'. Eu me foquei nisso o resto da carreira.

Então, você começou na indústria farmacêutica? Sim, há 20 anos como propagandista vendedor na Sanofi, atual Sanofi Aventis. Passei em quase todas as áreas e departamentos da empresa: marketing, vendas, produto, propaganda médica. Quando eu tinha 28 anos de idade, assumi uma gerência de divisão de marketing e vendas na empresa. Minha carreira foi construída basicamente dentro da indústria farmacêutica até eu ir para a Natura, em 2004. Fiquei dois anos (dos quatro que lá esteve) conhecendo sobre cosméticos porta a porta, porque eu não sabia nada disso. Passei na área de vendas, logística, e aí fui para a Argentina ser um head comercial lá. Em 2008, vim para o Grupo Silvio Santos para tocar duas empresas, a Jequiti e a Hidrogen, que eram as duas companhias de cosméticos que o grupo tinha. A Jequiti é a porta a porta que temos hoje e a Hidrogen era a de varejo. Em 2009, vendemos a Hidrogen para focar no porta a porta. Em 2010, eu virei vice-presidente do grupo Silvio Santos, além de CEO da Jequiti.

O que significa para você estar no comando da Jequiti?  Fazer o re-startup da Jequiti foi um grande desafio profissional e pessoal, porque o Silvio Santos me deu uma missão quando me contratou. Ele disse: 'Quero que você leve os produtos da Jequiti para dentro das casas das pessoas com a mesma primazia que eu entrei nas casas delas com o meu programa durante 50 anos'. Essa missão é difícil. Estamos trabalhando arduamente para cumpri-la.

Qual foi um momento marcante da sua carreira?  Foi em 2008, quando terminamos o plano de negócios de três anos aqui da Jequiti. Foi aprovado, começamos a implementar e a empresa saiu de R$ 20 milhões para R$ 53 milhões em seis meses, para R$ 192 milhões em um ano e meio e para R$ 350 no terceiro ano. Em 2011, fechamos com faturamento de R$ 410 milhões. Foi um plano de negócios de re-start up da empresa. Ela tinha sido lançada em outubro de 2007 e ficou um ano e pouco patinando. Então, fizemos o re-startup.

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Quais os conselhos para quem está começando?  Horas e horas e horas de trabalho. Horas e horas e horas de dedicação, muito respeito ao ser humano e ética. Eu acredito muito no talento individual das pessoas. Mas mesmo um talento, se não for lapidado, não chega a lugar algum. A pessoa, às vezes, é um diamante bruto maravilhoso, mas se não for lapidada com horas de trabalho... Outra coisa: respeito às pessoas. Porque respeito às pessoas é o ponto principal para saber trabalhar com gente. É atuar com empatia. Ninguém faz nada sozinho.

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