O slogan do produto é "A Alemanha vota branco". Ocorre que há um candidato com grandes chances de ser o primeiro negro a chegar ao Bundestag, o Parlamento alemão, nas eleições do dia 22.
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Eleitores do candidato Karamba Diaby, do partido SPD, que tem origem senegalesa, viram no comercial um toque de racismo e uma mensagem nada sutil desaconselhando a votar no seu candidato.
A empresa italiana retirou a campanha do ar depois de uma tempestade que se desencadeou no Twitter e no Facebook. Mas a controvérsia não cessou.
O comercial foi criado pela agência M&C Saatchi, uma das maiores empresas de publicidade do mundo.
No filme para TV um tablete gigante do chocolate branco Küsschen aparece em um auditório fazendo um discurso diante de uma multidão de militantes.
Frases como "Sim, nós podemos" fazem um jogo de palavras entre "nós" e "weiss" (branco, em alemão), lembrando o famoso lema da campanha de Barack Obama nos Estados Unidos.
"É importante para nós enfatizar claramente que somos totalmente contra todas as formas de xenofobia, racismo e extremismo de direita", declarou a Ferrero em nota à imprensa, depois de anunciar a decisão de fazer "algumas mudanças" na campanha.
A publicidade foi recebida por uma onda de protestos no Twitter, onde muitos compararam o slogan da Ferrero aos do NPD neonazista.
