Jotabê Medeiros
O empresário Roberto Medina ciceroneia pelo Rock in Rio trupes estrangeiras que ele diz estarem "embasbacadas" com a organização do Rock in Rio - entre eles, representantes do Cirque du Soleil. Espectadores o param para tirar fotos com ele, que brinca: "Eu me tornei uma espécie de Mickey do Rock in Rio".
Segundo ele, um dos motivos pelos quais a Cidade do Rock se tornou "modelo" para megaeventos do mundo todo está num grande esforço conjunto, mas uma condição essencial é reduzir o número de espectadores. A edição de 2011 tinha 100 mil por dia, em média. Agora, está em torno de 85 mil.
"15 mil pessoas a menos por dia foi essencial. As filas diminuíram, os serviços ficaram melhores, as pessoas estão mais satisfeitas", afirmou. Segundo ele, o ideal seria reduzir ainda mais 5 mil pessoas, mas aí os parceiros o chamam de "louco", diz.
O "louco" agora quer se instalar nos Estados Unidos. Andou sondando os principais festivais de rock americanos e chegou à conclusão que todos são deficitários em termos de serviços. Está embarcando para Las Vegas em breve com seus principais auxiliares para tratativas com parceiros de Nevada. Segundo Roberta Medina, executiva do festival, 177 países têm acessado o site do Rock in Rio, e os Estados Unidos são o segundo País na lista. "As pessoas não vêm ao Rock in Rio pelas bandas. Vêm pela experiência, pela diversão em comunidade", afirma.
Medina comentou os problemas com abastecimento de água, banheiros e atendimento médico de urgência. "Erros acontecem, a gente corrige. Virão novos acertos e novos erros também, o que é natural. E a gente vai melhorando", afirmou.
Sobre o fato de algumas atrações do Palco Sunset superarem em brilho atrações do palco principal, e de algumas atrações do palco principal não merecerem tão grande destaque, ele afirmou: "O Sunset tem de procurar superar o palco Mundo, tem de brigar por isso".