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Futebol: bastidores e opinião

São Paulo sobra na estreia

O São Paulo jogou como gente grande e soube tirar proveito do fraco futebol do Botafogo. Dos quatro times paulistas no Brasileirão, o Tricolor, parece, aproveitou melhor o tempo que teve para se preparar após a queda precoce no Campeonato Paulista. Corinthians e Santos decepcionaram e o Palmeiras tem de levantar a mão para o céu e acender uma vela para Alan Kardec.

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Por Luiz Prosperi
Atualização:

No Morumbi, com público superior a 30 mil pagantes, o time de Muricy sinalizou que pode ir longe se repetir a consistência que exibiu contra o Botafogo, um dos mais sérios candidatos ao rebaixamento.

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A opção de Muricy com o garoto Boschilia ao lado de Ganso e a total liberdade para Alexandre Pato se movimentar sem, evidente, ficar preso a um lado do campo, deu resultado. Outro ponto forte também se viu em Souza, que fez o trabalho sujo na marcação sem perder o senso na hora de ir para o jogo.

O desafio agora é sustentar essa formação, esse jeito de jogar, quando tem de visitar o adversário. Em casa, contra um rival sem proposta, tudo foi muito fácil.

Bem diferente do Santos que também jogou em casa, mas não conseguiu se impor diante do Sport. A fragilidade na marcação e pontos vulneráveis nas laterais quando atacado são os problemas que Oswaldo de Oliveira precisa resolver com urgência. Como o blog alertou, falta ao Santos um meia de excelência. E ainda vai pagar um preço alto esperando dos meninos maturidade que eles ainda não têm.

Outro paulista desafinado se viu com clareza na exibição do Corinthians fora de casa contra o Atlético-MG. O time passou muito tempo compacto lá atrás, se defendendo com unhas e dentes, mas sem nenhuma inspiração na articulação do ataque. Jadson sozinho não faz a diferença. Outra carência é de atacantes. Romarinho e Luciano não têm estofo para meter medo nos adversários. O sonâmbulo Guerrero já não assombra nenhum beque.

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Mano Menezes teve 30 dias para reorganizar o time, mas parece que ficou de braços cruzados. O empate sem gols em Minas deve ser comemorado, diante dos gols perdidos (Fernandinho e Tardelli) pelo Galo.

O Palmeiras, mesmo com a virada para cima do Criciúma, também não convenceu. Sufocado no primeiro tempo, não viu a bola.  Aliás, quem tem pretensão de vencer o time de Gilson Kleina basta armar sua estratégia de jogo em cima dos laterais Wendel e Juninho. Os dois marcam muito mal, tremem em jogos importantes e costumam errar, de forma grosseira, a maioria dos cruzamentos.

O Criciúma usou desse expediente e só não foi feliz muito por culpa do árbitro que não deu pênalti claro de Thiago Alves quando o time catarinense vencia por  1 a 0. Kleina, parece, também ficou de braços cruzados no tempo que teve para treinar o time.

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