Sem um jogador diferente e apenas com um bando de esforçados, o Palmeiras está próximo de figurar entre os quatro piores do Brasileirão. Nem é questão de flertar com a Segundona, é caso de paixão mesmo pela Série B. A queda pode vir antes mesmo de o comando do clube acordar. Ainda dá tempo de os dirigentes reagirem. Algumas boas opções estão no mercado. Basta entender o que é gestão de clube.
Por isso é até covardia cobrar algo sério de Ricardo Gareca. Talvez o questionar pela indicação de Mouche - igual a este atacante argentino, o Brasil está coalhado de jogadores do mesmo nível. Gareca também muda muito a formação do time. Tobio era titular, mostrava confiança e segurança, mas neste domingo foi parar no banco. A zaga teve Lucio e Marcelo Oliveira, porteiros da sessão calafrios no empate (1 a 1) com o Bahia, neste domingo, no Pacaembu.
Sem recursos, Gareca emendou mais uma rodada sem vencer - o Palmeiras está há sete jogos sem uma mísera vitória. Não fica muito atrás de Muricy Ramalho que engatou três jogos sem vencer. No sábado o seu São Paulo empatou no Morumbi, diante de 46 mil pagantes, com o Criciúma.
O melhor dos paulistas ainda é o Corinthians, mas com derrapagens como a deste domingo quando empatou com o Coritiba fora de casa. Perdeu assim a chance de dar uma encostadinha no Cruzeiro que, no sábado, saiu do Maracanã com um empate (1 a 1) Botafogo.
No resumo da ópera, os três paulistas jogaram fora uma boa oportunidade de avançar na tabela. Enfrentaram times na parte baixa da tabela e não venceram. O Campeonato Brasileiro costuma cobrar a conta lá no final de quem não aproveita a chance de somar pontos fáceis de se conquistar.
Antes de fechar o domingo, cabe ressaltar que o Campeonato Brasileiro completou quatro rodadas após a Copa do Mundo. Alguém aí se lembra dos jogos da Copa? Que saudade! Vivemos a era do retrocesso no nosso futebol.
