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Futebol: bastidores e opinião

Kleina balança e Muricy e Oswaldo ainda não mostraram nada

Na quarta-feira, dia 30, disse aqui neste blog que pelo menos dois técnicos poderiam cair na rodada deste fim de semana do Brasileirão e dois sairiam ameaçados no caso de derrota de seus times. Bom, um dos que estavam com a corda no pescoço era o Ney Franco, do Vitória. Mas, o triunfo em cima do Fluminense no Maracanã salvou Ney. Outro pendurado era Enderson Moreira, do Grêmio. Moreira se safou com o empate sem gols diante do Santos na Vila Belmiro.

Por Luiz Prosperi
Atualização:

Dos ameaçados, apontei Jayme Almeida e Gilson Kleina. Jayme tirou a corda do pescoço com os 4 a 2 para cima do Palmeiras. Já Kleina, hummmm! Este está perdido. A cada rodada de Série A ele se assume cada vez mais como técnico de Série B.

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A derrota para o Flamengo é bem esclarecedora. Depois de um primeiro tempo razoável diante de um desorganizado e confuso time carioca, o Palmeiras, digo Kleina, não entendeu nada do que Jayme fe no segundo tempo. O técnico do Fla tirou um atacante (Nixon) e colocou um meia (Mugni) e deu consistência ao meio campo. Avoado, Kleina não percebeu que a mudança de Jayme acabou com o espaço que Valdivia tinha para manobrar. E sem Valdivia, o time de Kleina é quase um deserto.

O Fla chamou o Palmeiras e, mesmo dentro de casa, passou a jogar no contra-ataque quando a lógica deveria ser o contrário - o Palmeiras é que deveria se fechar, já que tinha a vantagem por 2 a 1, para usar o contragolpe. E mais: Henrique deveria ter sido substituído lá pelos 15 minutos do segundo tempo porque o pulmão secou - ele não jogava uma partida oficial há dois meses. Ficou paradão na grande área, uma presa fácil, e deixou seu time com dez jogadores.

O quarto gol do Fla serve também para escancarar o quanto é frágil o setor defensivo do Palmeiras, dentro do desenho de Kleina. O zagueiro Wallace driblou meio time desde o seu campo e deu o passe para Alecsandro entrar sozinho, eu disse sozinho, para vencer o infeliz Bruno.

O prazo de validade de Kleina já venceu há muito tempo. É complicado entender um treinador que aceita redução de salário só para ficar no comando de um time de Série A. Aceitou a redução entendendo que poderia ganhar muito mais com a política de produtividade de Paulo Nobre. Caiu no Paulistão, namora com a zona de rebaixamento do Brasileirão em míseras três rodadas e não ganhou nenhum centavo a mais nos salários.

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A pressão sobre Kleina pode ficar insuportável. Nobre sabe que para mandar Kleina embora não vai encontrar ninguém no mercado que aceite receber por produtividade e um salário tão baixo como Kleina recebe. A situação é crítica. Nas redes sociais palmeirenses já espalham o pânico do terceiro rebaixamento do Palmeiras.

Muricy Ramalho e Oswaldo de Oliveira não estão ameaçados no São Paulo e Santos, mas os dois times deixam a desejar. Muricy inventou no jogo contra o Coritiba ao armar o Tricolor sem meias. Por pouco não pagou com uma derrota e ainda comprou uma briga inútil com Paulo Henrique Ganso.

E Oswaldo ainda vai se enforcar se não arrumar um meia para criar e servir Leandro Damião. Centroavante vive de migalhas, de restos dentro da área. Mas para que possa devorar essas migalhas como um tubarão sedento é preciso que a bola chegue aos seus pés. Isso não tem acontecido no Santos.

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