Antes de tudo é preciso respeitar a versão de Rinaldi. Mas é difícil de entender os motivos que levaram os presidentes Marin e Marco Polo Del Nero a eleger um agente ou ex-agente de jogadores ao posto maior do futebol na CBF.
Rinaldi, não fosse apenas por esse aspecto, tem uma missão duríssima pela frente. Vai ter de conviver com a desconfiança da mídia e da torcida com a "dupla função" e ao mesmo tempo reconstruir a destroçada seleção após o 7 a 1 da Alemanha.
A primeira tarefa passa pela escolha do novo técnico da seleção. Diz Gilmar que vai conversar muito com Marin, Del Nero, alguns ex-jogadores da sua confiança e gente importante do futebol brasileiro. E, claro, com Alexandre Gallo, o novo arquiteto do futebol brasileiro na visão de Marin.
Com a opinião de todos consolidada, Rinaldi vai anunciar o nome do sucessor de Felipão até terça-feira. Nas especulações o nome de Muricy cresce. Rinaldi é frequentador direto do São Paulo, jogou no Tricolor e tem bom entrosamento com Muricy. Tite, favorito nas enquetes, teria perdido terreno.
Há ainda uma corrente que especula na volta de Dunga. Rinaldi é gaúcho e esteve ao lado de Dunga na conquista da Copa de 94 nos EUA.
Aliás, por falar em gaúcho, a CBF parece refém da escola de futebol do Sul. Vamos lá: Felipão (2001/2002), Dunga (2006/2010), Mano Menezes (2010/2012), Felipão (2012/2014) e agora Gilmar Rinaldi. O momento é especial. Gilmar precisa urgente explicar melhor nessa questão de dupla função entre agente de jogador e diretor de seleções da CBF.
E seria interessante abrir espaço para a geração de 82, a única a jogar o autêntico futebol brasileiro nos últimos 30 anos.
Sem abrir espaço para a geração de 82 o futebol brasileiro não vai renascer.