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Futebol: bastidores e opinião

Gilmar Rinaldi, agente ou diretor de seleções?

Gilmar Rinaldi deixou de ser empresário de jogadores um dia antes de ser empossado no cargo de diretor de todas as seleções da CBF, pelo menos foi o que ele mesmo garantiu na entrevista coletiva nesta manhã de quinta-feira na sede da entidade.

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Por Luiz Prosperi
Atualização:

Antes de tudo é preciso respeitar a versão de Rinaldi. Mas é difícil de entender os motivos que levaram os presidentes Marin e Marco Polo Del Nero a eleger um agente ou ex-agente de jogadores ao posto maior do futebol na CBF.

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Rinaldi, não fosse apenas por esse aspecto, tem uma missão duríssima pela frente. Vai ter de conviver com a desconfiança da mídia e da torcida com a "dupla função" e ao mesmo tempo reconstruir a destroçada seleção após o 7 a 1 da Alemanha.

A primeira tarefa passa pela escolha do novo técnico da seleção. Diz Gilmar que vai conversar muito com Marin, Del Nero, alguns ex-jogadores da sua confiança e gente importante do futebol brasileiro. E, claro, com Alexandre Gallo, o novo arquiteto do futebol brasileiro na visão de Marin.

Com a opinião de todos consolidada, Rinaldi vai anunciar o nome do sucessor de Felipão até terça-feira. Nas especulações o nome de Muricy cresce. Rinaldi é frequentador direto do São Paulo, jogou no Tricolor e tem bom entrosamento com Muricy. Tite, favorito nas enquetes, teria perdido terreno.

Há ainda uma corrente que especula na volta de Dunga. Rinaldi é gaúcho e esteve ao lado de Dunga na conquista da Copa de 94 nos EUA.

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Aliás, por falar em gaúcho, a CBF parece refém da escola de futebol do Sul. Vamos lá: Felipão (2001/2002), Dunga (2006/2010), Mano Menezes (2010/2012), Felipão (2012/2014) e agora Gilmar Rinaldi. O momento é especial. Gilmar precisa urgente explicar melhor nessa questão de dupla função entre agente de jogador e diretor de seleções da CBF.

E seria interessante abrir espaço para a geração de 82, a única a jogar o autêntico futebol brasileiro nos últimos 30 anos.

Sem abrir espaço para a geração de 82 o futebol brasileiro não vai renascer.

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