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Futebol: bastidores e opinião

Alemanha e Messi na final, uma honra ao futebol

A final da Copa das Copas é um louvor ao futebol. Ter a Alemanha e Argentina como protagonistas explica tudo. Os alemães foram os melhores. Jogaram muita bola. Os argentinos, nem tanto, mas Lionel Messi merecia estar na decisão de um Mundial. Eleito o melhor de todos por quatro anos consecutivos, Messi, e mais ninguém, tinha mesmo um encontro marcado no Maracanã para pelo menos namorar a taça.

Por Luiz Prosperi
Atualização:

A Alemanha também mais do que mereceu chegar à final. Fez tudo certo, dentro e fora de campo. Fez de tudo para ser Brasil dentro do Brasil. Construiu um CT no pedaço do Brasil onde tudo começou, Santa Cruz de Cabrália, no Sul da Bahia. Seus jogadores brincaram com os índios, as crianças, foram à praia e esbanjaram simpatia até mesmo quando aniquilaram a seleção de Felipão.

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"Respeite a amarelinha com sua história e tradição, o mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o país futebol", disparou Podolski nas redes sociais. "Vocês têm um país lindo, um povo maravilhoso e ótimos jogadores. Este jogo não deve destruir o orgulho de vocês" anotou Özil.

Ao erguer do nada um CT na Bahia, os alemães encontraram o local ideal para se adaptar às condições climáticas que enfrentariam nos jogos da Copa. Na bagagem, trouxeram um futebol de primeira linha e de muito respeito ao futebol bem jogado.

Joachim Löw tinha e tem pelo menos cinco a seis esquemas táticos para usar de acordo com o adversário. Seus pilares de sustentação têm jogadores extraordinários como Toni Kross, Thomas Müller, Schuerrle, Schweinsteiger, Hummles e o goleiraço Neuer, entre outros.

Os alemães trabalharam duro desde 2006, dentro de uma filosofia, para chegar à final da Copa de 2014. Aliou sua entrega, dedicação, o desistir nunca e o jogo aéreo ao futebol de troca de passes, valorização da posse de bola, o controle do jogo sem permitir a intromissão do adversário. Jogaram a excelência do futebol e por isso merecem mesmo disputar a taça.

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Os argentinos foram mais mesquinhos. Jogaram no limite, sempre econômicos no número de gols. Não apresentaram nenhuma novidade, apenas uma boa organização tática sabedores da fragilidade de seu setor defensivo. A Argentina, das 32 seleções que estiveram na Copa, é a única que pode jogar para o gasto. Afinal de contas, só ela tem Lionel Messi. E isso basta.

Quanto ao Brasil... Bem, deixa para lá. Nem mesmo no Maracanã a seleção pisou.

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