Segundo Bellinello, apesar da dificuldade, a prova estava bem feita, mas cansativa. "A banca perguntou coisas que não são da rotina do aluno."
A universidade também foi exigente na parte de química. Para o professor Alessandro Nery, o candidato não conseguiria responder aos testes apenas interpretando os enunciados. "Cobraram conceitos. O aluno precisava saber mesmo da matéria", afirma. Ele reclamou da maneira como os assuntos do ensino médio foram distribuídos no exame. "Foi praticamente uma prova de físico-química. Caíram duas questões de eletroquímica, uma de termoquímica, uma de cinética e uma de propriedades da matéria."
Em física, a banca formulou 5 questões de mecânica e 1 de óptica. "Houve um exagero de questões de mecânica em detrimento de outras partes da física, igualmente importantes", diz Ricardo Helou Doca. "Achei a prova pouco original. Trouxe questões básicas e até clichê."
Na parte de matemática - 11 questões - os organizadores do vestibular contextualizaram os assuntos com situações do dia a dia dos estudantes, na opinião de Osvaldo Nakao, o Dodô. "A dificuldade do aluno foi analisar bem os textos para transformar o português em 'matematiquês'", diz. O docente acredita que o exame poderia ter sido mais fácil. "Tem candidatos das carreiras de Humanas que não precisam dominar tanto o conteúdo de matemática."
Já o professor de história Alfredo Roberto de Oliveira Júnior considerou a prova "tranquila". "Em algumas questões, você chegava à resposta apenas interpretando o enunciado", afirma. Ele elogiou a composição do exame, que trouxe 4 testes de história geral, 3 de história do Brasil e 1 de história das Américas.