Placa Amarela

Ratinho que ruge

Fiat 500 Topolino 1949 ressuscita e vira atração nas mãos de empresário

Roberto Bascchera

28 de nov, 2014 · 4 minutos de leitura.

Ratinho que ruge
Crédito: Fiat 500 Topolino 1949 ressuscita e vira atração nas mãos de empresário

Impossível não chamar atenção, e no bom sentido. Por onde passa, o Fiat 500 “Topolino” do empresário Walter Gaeta rouba a cena. E com razão. Fabricado em 1949, o pequeno sedã italiano exibe charme, elegância e o capricho da restauração a que foi submetido durante 11 anos.

 

Publicidade


A história deste Topolino é uma saga. O primeiro dono foi o avô de Gaeta, nos anos 50. Depois, passou às mãos de primos até que o empresário o comprou e iniciou a recuperação, em 2002. O trabalho terminou em 2013. “O carro era bem alinhado, mas o motor estava fundido e faltavam muitos itens originais”, conta.

 


A saga da ressurreição do simpático carrinho de portas suicidas começou pelo pequeno propulsor. O motor de 569 centímetros cúbicos de cilindrada e 13 cv estava fundido. Para ser refeito, teve de ser enviado ao Uruguai, onde Gaeta encontrou maquinário e mão de obra adequados. “Esse trabalho consumiu um ano, e meu mecânico viajou várias vezes para acompanhar o andamento”, contou.

A busca por peças foi mais que um garimpo. Foi um trabalho de arqueologia. Faltavam itens de mecânica e acabamento. No meio do caminho, um site italiano que servia de guia e referência para a restauração saiu do ar. Gaeta levou meses até descobrir outro site, suíço, que jogou luz no trabalho.


Com endereços e dicas nas mãos, o empresário rodou pela Europa atrás dos itens que precisava. Comprou “bananinhas” (indicadores de direção) originais e sem uso, volante, frisos, maçanetas, pneus 4.00-15 e uma infinidade de componentes.


Além das bananinhas na coluna dianteira (a do para-brisa), o carro exibe outros itens charmosos e originais, como uma espécie de cortina que, acionada manualmente por trás grade dianteira, isola o radiador, o que ajuda na manutenção da temperatura do motor em dias muito frios.

 


A cor vermelha e a tapeçaria bege foram duas concessões a que Gaeta se permitiu para fugir do padrão 100% original. “O carro era verde, mas eu preferi fazer vermelho, achei que combinava mais com a personalidade dele”, explicou. De fato, combinou.



 

Newsletter Jornal do Carro - Estadão

Receba atualizações, reviews e notícias do diretamente no seu e-mail.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de privacidade de dados do Estadão e que os dados sejam utilizados para ações de marketing de anunciantes e o Jornal do Carro, conforme os termos de privacidade e proteção de dados.