Ele é um modelo imponente, elegante e fez história na pouco mais de uma década em que ficou em linha – entre 1965 e 1976. Nascido em Detroit, o Cadillac Calais conduziu Miss Daisy pelas mãos do chofer Morgan Freeman, deu o ar da graça nas séries policiais de TV Columbus e Kojak e marcou presença em filmes como “Quase Famosos” e “Dirty Harry”.
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Das unidades que vieram parar no Brasil, uma, 1969, branca, reina gloriosamente na garagem do executivo Marcelo Negrini, um apaixonado por clássicos americanos com motor V8. Nos fins de semana de sol, o Cadillac desliza pelas ruas de São Paulo. Deslizar talvez seja o termo correto para esse gigante de 5,7 metros de comprimento e 2 metros de largura empurrado pelo motor 472 de 7.729 cm3 e 375 hp com câmbio automático de três velocidades e alavanca na coluna de direção. Conforto para ninguém botar defeito.
O carrão de duas portas e interior preto esbanja elegância. Diz a história que à época do lançamento, em 1965, o Calais caiu no gosto americano porque oferecia diversos opcionais de conforto e segurança, entre eles ar-condicionado, piloto automático, rádio com controle remoto e cintos de segurança traseiros. Ainda no quesito conforto, o carro traz itens como vidros elétricos e um avantajado descansa-braço no banco dianteiro, além de um imenso porta-malas. O volante de três raios tem regulagem de altura e profundidade.
Um item curioso, pelo menos para os brasileiros: o comando dos limpadores de para-brisa se localiza na porta, acima do nicho do vido elétrico.
O modelo 1969 tem como uma característica o fato de ter sido o primeiro após a reestilização, à imagem de outro Cadillac, o Eldorado. Até sair de linha, em 1976, o Calais teve 35 mil unidades comercializadas, muitas delas rodando até hoje, inclusive nas ruas brasileiras.