A arte do diorama

Máquina fotográfica, celular, computador, caixa de remédio, embalagem de sabonete. Tudo devidamente desmontado e separado em peças minúsculas vira matéria-prima para o artista Francisco José da Silva, de 68 anos, desenvolver sua arte.

Publicitário aposentado, designer gráfico e artista plástico, Francisco já deu aulas de artesanato, expôs e vendeu quadros na Praça da República, no centro de São Paulo. Nos últimos anos, resolveu se dedicar aos dioramas. Os temas de seus trabalhos, nas escalas 1:18, 1:24 e 1:32, vão de oficinas mecânicas a quartos infantis. E fazem sucesso.

Francisco começou a montar seus dioramas há cinco anos, e transformou sua arte em negócio. “Pareço um daqueles acumuladores de coisas que aparecem nos filmes americanos”, brinca. Cada pequeno cenário demora no mínimo uma semana para ficar pronto. Alguns trabalhos, segundo ele, consomem três meses de dedicação e os preços partem de R$ 70.

Em busca de ideias e de contatos com clientes, Francisco tem participado com frequência de encontros de carros antigos, que considera uma boa inspiração. Oficinas de motos são outra especialidade sua. A riqueza de detalhes impressiona. “Cada artista tem seu estilo. Eu, como gosto de carros, recebo muitas encomendas. Um cliente acaba de pedir a reprodução de um centro automotivo inteiro, o que vai exigir muito tempo”, conta.