Os entusiastas do Gol estão em festa: o modelo que herdou o sucesso e, nos primórdios, o motor boxer refrigerado a ar do bom e velho Fusca, acaba de completar 35 anos de produção no Brasil. Assim como aconteceu com o besouro, é difícil encontrar quem não tenha uma história para contar relacionada ao carro que há tempos ultrapassou a marca de cinco milhões de unidades vendidas, já foi exportado para mais de 50 países e sofreu inúmeras reestilizações e modificações mecânicas, chegando à “sexta geração” – mas não pensa em se aposentar.
A história do Gol começa com um tropeço, antes da arrancada para a glória. O motor 1.3 que equipou as primeiras unidades, em 1980, tinha 50 cv (SAE) de potência.
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A propaganda da Volkswagen à época dizia que “os 4 cilindros opostos 2 a 2 asseguravam ótimo desempenho em qualquer temperatura, facilidade de manutenção e baixo consumo”, mas o consumidor não encarou a novidade assim. A fábrica, em maio de 1981, corrigiu o erro e colocou sob o capô o 1.6 de dupla carburação e potência de 66 cv (SAE), também refrigerado a ar.
A dirigibilidade melhorou, a potência extra a mais fez diferença e as vendas deslancharam. O motor com refrigeração a água foi introduzido no modelo em 1985. Depois surgiram as versões esportivas GT e GTS e o Gol GTi – já com injeção eletrônica, em 1988. A opção flex, em 2003, foi a primeira do País.
Hoje, o coração dos colecionadores bate mais forte por uma unidade “quadrada”, e se possível equipada com o velho propulsor “a ar”, mesmo porque os irmãos Voyage e Parati já nasceram com motor “a água”.
Um bem conservado Gol com o velho boxer na dianteira é algo a cada dia mais raro e procurado no Brasil. Uma unidade da Saveiro – o último carro desenvolvido pela Volkswagen com propulsor a ar – é artigo ainda mais raro. Portanto, quem tem um Gol, ou uma Saveiro, a ar que conserve e comemore.
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